Avaliação sensitiva de doentes com câncer colorretal tratados com oxaliplatina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Malieno, Paula Braz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-05012017-163025/
Resumo: A avaliação sensitiva de pacientes tratados com oxaliplatina tem se tornado objeto de estudo, pelo fato deste medicamento causar como efeito colateral, uma neuropatia periférica com características sensitivas, imediatamente após início da infusão. Sintomas que causam restrições nas atividades de vida diárias e na qualidade de vida do paciente durante o tratamento. Para uma melhor compreensão do mecanismo das alterações sensitivas, atualmente tem se utilizado o teste quantitativo da sensibilidade (TQS), que através da mensuração quantitativa dos limiares de detecção aos estímulos quente, frio e de vibração, nos concede um perfil para melhor relacionar com as possibilidades de manejo ou tratamento. Neste estudo propomos uma análise da através do TQS e de instrumentos que quantificam e qualificam a neuropatia, a dor neuropática e suas características. Objetivos: Descrever de forma prospectiva as alterações de sensibilidade exteroceptiva somática causadas pelo uso da oxaliplatina em doentes com câncer colorretal. Métodos: Foram incluídos 110 doentes (média 55 anos) com câncer colorretal que realizaram tratamento antineoplásico com oxaliplatina por seis meses, e foram avaliados por mais seis após a quimioterapia. Os pacientes realizaram avaliação sensitiva com TQS e responderam questionário sócio demográfico e questionários específicos para dor e neuropatia na visita basal (VB), ao término da quimioterapia (VT) e novamente após 6 meses de seguimento (VS). Resultados: Os questionários de dor e neuropatia mostraram seu início e as suas características, na qual foi evidente a dor com características neuropáticas na visita término do tratamento em 21,7% dos participantes manifestada pela dormência, choque elétrico, alfinetadas e agulhadas e a sensibilidade ao frio. As principais alterações demonstradas pelo TQS foram: nos limiares de detecção mecânica; aumento dos limiares dolorosos térmicos; diminuição da hiperalgesia mecânica; diminuição do limiar de detecção vibratória na mão e aumento no pé. O TQS indicou alterações entre os participantes do estudo e o grupo de voluntários saudáveis em algum momento das avaliações. Conclusão: Os pacientes com câncer colorretal submetidos ao tratamento com oxaliplatina cursam com dor com características neuropáticas que interferem em suas atividades diárias. O TQS caracterizou as principais alterações relacionadas ao início do tratamento, término do tratamento e durante o seguimento. As comparações com voluntários saudáveis sugerem que a presença da neoplasia e outras comorbidades são capazes de causarem alterações no TQS