Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Toffoletto, Maria Cecilia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-07052009-112654/
|
Resumo: |
A segurança do paciente grave é uma meta da qualidade do atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), daí a necessidade de se investigar os fatores relacionados à ocorrência de eventos adversos nesse contexto. Trata-se este estudo de uma pesquisa quantitativa, retrospectiva, analítico-transversal que teve como objetivo analisar os fatores associados aos incidentes e/ou eventos adversos (INC/EA) no preparo e administração de medicamentos, nos cuidados com tubo endotraqueal/traqueostomia, sondas, drenos, cateteres e queda em UTI segundo as características demográficas e clínicas do paciente e recursos estruturais da Unidade. Os dados foram coletados por meio dos registros de INC/EA dos prontuários dos pacientes que tiveram notificado algum tipo de INC/EA no período de 2003 e 2006, inclusive, em cinco UTI de cinco hospitais do Município de São Paulo. No tratamento estatístico, foi utilizada a análise de regressão logística multivariada para a identificação dos fatores independentes de INC/EA e condições de saída da Unidade. Para a identificação dos fatores independentes do tempo de permanência nas UTI, utilizou-se a análise de regressão linear múltipla. As variáveis que entraram nos modelos foram aquelas que apresentaram na regressão logística univariada um valor de teste Wald<0,20; em todas as análises realizadas foi utilizado o nível de significância de 5%. Do total de 21.230 admissões nas UTI, 377 (1,78%) pacientes sofreram algum tipo de INC/EA. Foram notificadas 461 ocorrências, a maioria relacionada ao preparo e administração de medicamentos (196-42,51%), seguidas aos cateteres periféricos e arteriais (105-22,77%) e às sondas nasogástricas (73-15,83%). Quanto aos fatores associados aos INC/EA e recursos materiais/equipamentos e ambiente físico das unidades, o baixo número de ocorrências (16-2,82%) inviabilizou a análise dessas variáveis. Da mesma forma, nenhum hospital dispunha das escalas diárias de enfermagem com dados retrospectivos sobre os recursos humanos existentes no período do estudo. Verificou-se que o número de dias de permanência dos artefatos terapêuticos foi um dos principais fatores independentes associados aos INC/EA quer no preparo e administração de medicamentos (número de dias de TE/Traq.), quer nos cuidados com cateter periférico, sonda nasogástrica e cateter central (número de dias de artefatos terapêuticos), seguidos da gravidade e da não sobrevivência dos pacientes. Referente ao tempo de permanência na UTI, os fatores associados foram número de dias de sondas, drenos e cateteres, número de itens da prescrição medicamentosa, não sobrevivência e INC/EA com cateteres periféricos e medicamentos. Finalizando, constatou-se que pacientes não sobreviventes tiveram maior número de dias com TE/Traq., eram mais graves e apresentaram, aproximadamente, cinco vezes mais chance de sofrer um INC/EA com TE/Traq.. Considerando que o enfoque da segurança do paciente é de responsabilidade compartilhada de todos os profissionais, da área de saúde ou não, julga-se que os resultados dessa investigação contribuam para a melhoria da assistência ao paciente crítico, por abrir perspectivas para o estabelecimento de protocolos de prevenção dessas ocorrências |