Efeito da suplementação de creatina sobre o desempenho físico de adultos jovens treinados submetidos a esforços intermitentes máximos no cicloergômetro\"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Altimari, Leandro Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-06092019-171646/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi analisar o efeito da suplementação de creatina sobre o desempenho físico de adultos jovens treinados submetidos a esforços intermitentes máximos no cicloergômetro. A amostra foi composta por 26 indivíduos saudáveis, do sexo masculino, que foram divididos aleatoriamente em dois grupos, suplementado com creatina (CR, n = 13; 22,5 &#177; 2,7 anos; 74,9 &#177; 6,8 kg; 178,5 &#177; 4,8 cm) e placebo (PL, n = 13; 22,9 &#177; 3,2 anos; 71,9 &#177; 11,3 kg; 178,6 &#177; 4,0 cm). A suplementação de creatina ou placebo (maltodextrina) foi consumida por meio de delineamento duplo cego, em quatro doses de 5 g/dia durante os cinco primeiros dias (20 g/dia). A partir daí, uma única dose de 3 g/dia foi ingerida nos 51 dias subsequentes. Foi realizado um controle prévio dos hábitos alimentares e dos níveis de aptidão física dos indivíduos. Para avaliação do desempenho físico em esforços intermitentes foram realizados três Testes de Wingate (TW), separados por 2 minutos de intervalo, pré e pós-suplementação de CR ou PL. Os índices de desempenho físico analisados foram: potência de pico relativa (PPR); potência relativa a cada período de 5 s (PR); potência média relativa (PMR); trabalho total relativo (TTR) e índice de fadiga (IF). Foram coletados 25 &#181;l de sangue no lóbulo da orelha um minuto após a realização de cada TW para a dosagem de lactato sanguíneo (LAC). Coletas de urina de 24 horas foram utilizadas para a determinar as concentrações de creatinina (CRT) antes e após o período de suplementação. Os dados foram tratados por ANOVA e ANCOVA para medidas repetidas, seguidas pelo teste post hoc de Scheffé. A PPR no TW2 foi significativamente maior (6%) para o grupo CR comparado ao grupo PL após a suplementação (p<0,01). PR no período de 0-5 s no TW2 foi significante maior para o grupo CR (11%) comparado ao PL após a suplementação (p<0,02). A PMR e o IF não apresentaram diferenças significativas nos TW, entre os grupos CR e PL após a suplementação (p>0,05). O TTR foi significativamente maior no grupo CR (3%) comparado ao PL após a suplementação (p<0,02). O LAC não apresentou diferenças significantes nos TW, entre os grupos CR e PL, após suplementação (p>0,05). Interação significante entre grupo e tempo foi encontrada para a CRT, indicando que o grupo CR teve sua taxa de excreção aumentada (22%) após a suplementação de creatina (p<0,03). Os resultados do presente estudo sugerem que a suplementação de creatina melhora o desempenho físico em esforços intermitentes de alta intensidade e curta duração, e que esta melhora parece ser determinada nos 5 s iniciais de esforço.