Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Alencar, Wong Kuen |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-30092011-133057/
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Resumo: |
Introdução: A estimativa de sobrevida de pacientes com HIV/aids aumentou após a terapia antirretroviral de alta potência: no entanto, a mortalidade por doenças hepáticas também cresceu. Objetivos: Estimar a probabilidade acumulada de sobrevida após o diagnóstico de aids entre pacientes coinfectados HIV/HCV e realizar análise exploratória para investigar fatores relacionados à sobrevida desses pacientes. Metodologia: Estudo de coorte não concorrente, utilizando sistemas de Informações: o de Agravos de Notificação, o de informação laboratorial e o de informação da vigilância epidemiológica do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, de pacientes com aids maiores de 13 anos, acompanhados no ambulatório geral. As variáveis estudadas foram: hepatite C, hepatite B, categoria de exposição, contagem de células T CD4+, faixa etária, escolaridade, cor, sexo e períodos de diagnóstico de aids: 1986 a 1993, 1994 a 1996, 1997 a 2002 e 2003 a 2010. Foi utilizado o estimador de Kaplan-Meier, o modelo de Cox e as estimativas das hazard ratio (HR) com os respectivos intervalos de confiança (IC 95 por cento ). Resultados: De um total de 2.864 pessoas incluídas, com idade mediana de 35 anos, 219 foram a óbito (7,5 por cento ). De 358 (12,5 por cento ) coinfectados, 159 (45,1 por cento ) eram usuários de drogas injetáveis (UDI) e de 2.506 não coinfectados, 96 (3,9 por cento ) eram UDI. A probabilidade acumulada de sobrevida entre coinfectados, a partir do diagnóstico de aids, foi 100 por cento aos 60 meses no período de 1986 a 1993; 27,8 por cento aos 168 meses no período de 1994 a 1996; 76,3 por cento aos 168 meses no período de 1997 a 2002 e 92,8 por cento aos 96 meses no período de 2003 a 2010. As curvas de sobrevida foram diferentes entre coinfectados e não coinfectados no período de 1994 a 1996 (log rank = 19,8; p < 0,001) e no período de 1997 a 2002 (log rank = 38,8; p < 0,001). No modelo de Cox multivariado, mostraram-se preditores de óbito, independentemente das outras variáveis: ter hepatite C (HR = 2,9; IC 2,1-3,9), ter hepatite B (HR = 2,5; IC 1,7-3,6), ter até 3 anos de estudo (HR = 2,3; IC 1,5-3,6), ter 50 anos ou mais de idade (HR = 2,1; IC 1,3-3,2). Ter diagnóstico de aids no período entre 1997 a 2002 mostrou-se fator de proteção ao óbito (HR = 0,4; IC 0,3-0,5). Conclusões: Coinfectados HIV/HCV apresentaram menor sobrevida quando comparado com não coinfectados nos períodos de diagnóstico de aids 1994 a 1996 e 1997 a 2002. A partir do período 1994 a 1996, observou-se aumento significativo na probabilidade acumulada de sobrevida entre coinfectados, sendo que no período 2003 a 2010, essa probabilidade foi semelhante entre coinfectados e não coinfectados, refletindo possível impacto do tratamento da hepatite C |