Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Garla, Caroline Clapis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-27092010-161045/
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Resumo: |
Introdução: Este projeto tem como referência os conceitos da Reforma Psiquiátrica Brasileira, suas metas e diretrizes bem como os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). A superação do modelo do hospital psiquiátrico vincula o conceito de saúde mental aos conceitos de cidadania e produção de vida. A atenção ambulatorial deve incluir equipes multiprofissionais cuja composição e atribuições são definidas pelo Ministério da Saúde e pela gestão local. Entretanto, vários problemas como a dificuldade no acesso aos serviços e dificuldades de gestão impedem que as reformas produzam os efeitos desejados. Objetivo: Caracterizar os ambulatórios de saúde mental do DRS XIII, nas diferentes categorias profissionais de nível superior e sua formação básica, as atividades desenvolvidas pelos profissionais destas equipes e sua opinião sobre as políticas de saúde mental. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva. Faz parte de um projeto multicêntrico ampliando dados do projeto realizado pelo Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas - DEPCH da EERP/USP. Amostra composta por 10 cidades da região de Ribeirão Preto do DRSXIII com mínimo de 20.000 habitantes e Ambulatório de Saúde Mental. Utilizou-se o questionário semi-estruturado do projeto principal para identificação dos sujeitos, sua formação básica, as atividades desenvolvidas e sua opinião sobre as políticas de saúde mental. Foi utilizado o STATA para cruzar os dados e encontrar associações entre variáveis utilizando-se o Teste Exato de Fisher. Resultados e Discussão: Com os profissionais de nível superior foram realizadas 78 entrevistas, no período de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010. A maioria dos profissionais é do sexo feminino 65 (83%), da categoria médica 12 (15%) e psicológica 38 (49%). Havia apenas 6 (8%) enfermeiros, pois 4 cidades não incluem esta categoria em seu quadro de profissionais. Ainda assim, há prática dos cuidados de enfermagem pelos demais profissionais: 11 realizam administração de medicação, 15 cuidados físicos, 21 conforto, 7 sinais vitais, 53 anotações, 36 observações e 45 realizam interações terapêuticas - fatos que denotam inversão de papéis e falta de articulação com a atenção primária. Observa-se que somente 20 (26%) frequentaram cursos de especialização em saúde mental; 64% trabalham até 20 horas/semana e 69% têm outro emprego. Há correlação significativa entre formação acadêmica e falta de atendimento junto a grupos de famílias ou a um familiar pelos psicólogos (42% grupo famílias, 33% um familiar) sendo que 29% não atendem famílias, gerando listas de esperas. Os profissionais relatam dificuldade de trabalhar em equipe e elaborar Projetos Terapêuticos para os portadores de transtorno mental, relatam que há rodízio de profissionais, questionam o histórico bem como os conceitos da reforma psiquiátrica desconhecendo as leis que regem a Política Nacional de Saúde Mental. Conclusões: Este estudo possibilitou caracterizar a assistência em saúde mental realizada pelos profissionais dos ambulatórios do DRS XIII. Confirmou-se que o espaço de cuidado ambulatorial, por privilegiar consultas embasadas no modelo curativo, contribui para que a medicalização se acentue como forma principal de tratamento desvinculando a ideia da integralidade no atendimento das necessidades físicas e psicossociais da pessoa que requer ajuda. |