Guia nacional para implantação de banco de sangue com fenótipos raros: uma proposta para a hemorrede pública brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schörner, Everaldo José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-27072015-053713/
Resumo: A transfusão de concentrado de hemácias é uma atividade que proporciona muitos benefícios aos pacientes que necessitam aumentar a capacidade de transporte de oxigênio, mas também possui riscos inerentes. A disponibilidade de unidades de concentrado de hemácias compatíveis para pacientes que são fenótipo negativos para antígenos de alta frequência e possuem os respectivos anticorpos, bem como para pacientes com uma complexa combinação de aloanticorpos contra antígenos comuns, permanece como um desafio na medicina transfusional. Painéis nacionais e internacionais de doadores e bancos de unidades de concentrados de hemácias congeladas de doadores raros têm sido estabelecidos para facilitar o fornecimento de hemácias compatíveis para esses pacientes. É previsto que, com o aumento de movimentos populacionais através do mundo e chance em potencial de desenvolvimento de anticorpos raros ou mistura de anticorpos, a necessidade da disponibilidade de doadores de sangue raro continuará no futuro. Em média, 1800 unidades de hemocomponentes de sangue raro são transportadas anualmente para serem transfundidas, podendo este número ser maior devido à dificuldade em manter registro único de todos os dados. Um banco de sangue de fenótipos raros é formado por um sistema de informações e composto pelo cadastro de dados de doadores de sangue fenotipados e genotipados e que apresentam antígenos pouco comuns na população, pelo cadastro de unidades de hemocomponentes congelados e pela possibilidade de busca de doadores compatíveis, após a inserção dos resultados de fenotipagem/genotipagem do receptor. A possibilidade de acesso rápido a um cadastro nacional com informações referentes aos doadores de sangue com fenótipo raro poderá proporcionar vários benefícios, como uma maior rapidez na localização de concentrados de hemácias compatíveis para pacientes aloimunizados e diminuição dos custos para sua triagem. Futuramente, esses dados poderão compor o cadastro mundial de doadores com fenótipos raros, o que aumentariam as chances de se localizar fenótipos compatíveis com esses pacientes. A organização de programas de fenotipagem a nível nacional e a disponibilização destes dados poderão trazer avanços significativos, tanto para reestruturação de laboratórios de imuno-hematologia como para a capacitação técnica dos profissionais que atuam nesta área. Esse cadastro poderá ser utilizado futuramente como estratégia para seleção de concentrado de hemácias a serem congeladas no país.