Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Aparecido Batista de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6141/tde-01042022-140538/
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Resumo: |
Introdução: A violência no Brasil é um importante problema social. A mortalidade por homicídios tem elevadas taxas na população de homens jovens adultos. O uso de ferramentas de análise espacial pode contribuir para mensurar possíveis efeitos espaciais que atuam sobre eventos de interesse em saúde pública. Objetivos: Descrever e comparar o perfil epidemiológico da mortalidade por homicídios na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) de 2007 a 2013, a partir de uma abordagem espacial evidenciando-se o local de residência das vitimas dos que sofreram homicídio, e relacionar a mortalidade com a raça/cor e demais variáveis socioeconômicas e demográficas. Métodos: Foi realizado um estudo ecológico, descritivo, a partir da análise espacial da mortalidade por homicídios de residentes de 15 anos de idade e mais, tendo como unidades de análise as áreas de ponderação da RMSP, no período de 2007 a 2013. Foram utilizados dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística . Foram utilizadas estatísticas de varredura para a detecção de aglomerados de alto risco puramente espaciais, espaço-temporais e de variação espacial das tendências temporais, e Sistemas de Informação Geográfica para a elaboração dos mapas para a representação dos dados resultantes das análises e da geocodificação. Resultados: Identificou-se tendência de redução da mortalidade total de 15 anos e mais (-3,3% ao ano) . Um total de 90% dos casos ocorreu no sexo masculino, entre 15 a e 39 anos. As taxas de mortalidade foram mais elevadas na população masculina (40,1 óbitos por 100 mil habitantes), homens negros (48,2) e jovens de 15 a 24 anos (69,4) e diminuíram com o aumento da idade. Foram geocodificados 22.376 óbitos (93%) e detectados nove aglomerados puramente espaciais, nove espaço-temporais e três de variação espacial das tendências temporais de alto risco para a mortalidade por homicídios, distribuídos nas periferias da Capital paulista e em diversos municípios da RMSP. A análise dos indicadores socioeconômicos e do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social desses aglomerados mostrou regiões com pior situação socioeconômica para renda, educação, ocupação e moradia, acima da média da RMSP. Conclusões: Os homicídios ocorrem de forma desigual no espaço urbano. Os homicídios têm cara e cor pré-definidas, conforme observados nos aglomerados de brancos e negros em áreas territoriais já conhecidas pelas autoridades de segurança pública, retratados no presente estudo. Os aglomerados estão localizados na periferia da capital e nos diversos municípios ao seu redor, em regiões periféricas e carentes, onde os jovens, homens e mulheres, são mais vulneráveis e mais suscetíveis ao homicídio. A utilização de ferramentas de análises e técnicas espaciais possibilita melhor compreensão dos fatos e contribui para melhores decisões nas políticas públicas. |