Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Santos, Roberta de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-19102012-114933/
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Resumo: |
Climatério é a fase da vida da mulher em que ocorrem alterações hormonais que culminam em alterações metabólicas peculiares desse período, como por exemplo, diminuição do gasto energético e ganho ponderal. Com isso, os objetivos do presente trabalho foram mensurar o gasto energético e calcular a oxidação de carboidratos e lipídios, nos momentos basal e após uma sobrecarga lipídica, de mulheres pós-menopausadas com excesso de peso, estratificadas de acordo com o nível do estradiol plasmático (E2), bem como analisar peptídeos reguladores da fome e da saciedade nos mesmos momentos. Os grupos de mulheres foram: grupo 1- E2 39 pg/mL, 2- 40 E2 59 pg/mL, e 3- E2 60 pg/mL. As voluntárias receberam uma única refeição de 1100 kcal e 72% de lipídios, a qual caracterizou a sobrecarga lipídica. O gasto energético foi medido por calorimetria indireta por um período de cinco horas, sendo que as mensurações foram realizadas nos momentos 30, 60, 90, 150, 210 e 270 minutos. Os peptídeos reguladores da fome e da saciedade foram analisados no momento basal, após 30 e 270 minutos da sobrecarga lipídica. Os grupos foram comparados pelo teste não paramétrico Kruskal-Wallis, e para a comparação entre os momentos no mesmo grupo, foi utilizado o modelo de regressão linear com efeitos mistos, considerando p<0,05(*). Quarenta e quatro mulheres pós-menopausadas foram estudadas, com idade de 55±5 anos (média±desvio padrão), índice de massa corporal de 31±4 kg/m² e tempo de pós-menopausa de 8±7 anos. De uma forma geral, o gasto energético de repouso foi de 1337±194* kcal/dia, aumentando para 1476±295* kcal/dia nos primeiros 30´ pós-prandiais, e para 1513±318* kcal/dia ao final. Entre os grupos, não houve diferença estatística significativa. Em relação à oxidação de carboidratos, o valor basal foi de 151±95 mg/min, diminuindo para 146±95 mg/min nos primeiros 30´, e para 122±44 mg/min ao final (valores convertidos para mg/min para facilitar a leitura). O valor basal da oxidação lipídica foi de 37±30* mg/min, aumentando para 52±24* mg/min nos primeiros 30´ pós-prandiais, e para 63±21* mg/min ao final. Entre os grupos, não houve diferença estatística significativa quanto à oxidação de carboidratos, e quanto aos lipídios, houve diferença apenas entre os grupos 1 (maiores valores, p=0,03) e 2 ao final do experimento , e entre os grupos 1 e 3 (maiores valores, p=0,04) no momento 150´. Quanto aos peptídeos, o valor basal da leptina foi de 47±29 ng/mL, diminuindo para 44±27 ng/mL nos primeiros 30´ pós-prandiais, e para 43±26 ng/mL ao final. O valor basal da grelina foi de 753±522 pg/mL, diminuindo para 705±420 pg/mL nos primeiros 30´, e para 561±343 pg/mL ao final. O valor basal do peptídeo YY foi de 92±40* pg/mL, aumentando para 153±63* pg/mL nos primeiros 30´, e para 214±66* pg/mL ao final. Quanto à colecistocinina, o valor aos 30´ foi de 1,8±2,3 pg/mL, aumentando para 2,2±1,7 pg/mL ao final. Entre os grupos, houve diferença estatística significativa apenas da colecistocinina entre os grupos 2 e 3 (maiores valores, p=0,04) ao final. Sendo assim, houve um aumento significativo e gradual do gasto energético após a sobrecarga lipídica; predomínio da oxidação de carboidratos em relação à de lipídios, havendo uma diminuição em sua oxidação e um aumento da oxidação lipídica após a sobrecarga. Quanto aos grupos, não houve diferença estatística significativa em relação ao gasto energético, bem como à oxidação de carboidratos e lipídios na maior parte do tempo. Os peptídeos leptina e grelina diminuíram após a sobrecarga lipídica, enquanto que o peptídeo YY e a colecistocinina aumentaram, não havendo diferença estatística significativa entre os grupos na maior parte do tempo. Dessa forma, as variáveis estudadas se mostraram independentes do nível de estradiol plasmático. |