Sistema de assentamento e tecnologia lítica: organização tecnológica e variabilidade no registro arqueológico em Xingó, Baixo São Francisco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Fagundes, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-25022011-112317/
Resumo: A presente tese tem como objetivo apresentar os resultados alcançados por meio de pesquisas sistemáticas de campo, laboratório e gabinete, que interligadas coligiram dados responsáveis uma compreensão mais assertiva sobre o modo de vida e dinâmica cultural dos grupos pré-históricos que ocuparam a Área Arqueológica de Xingó durante quase oito milênios. A pesquisa baseou-se em diferentes posicionamentos teóricos, tendo como foco as indústrias líticas evidenciadas e coletadas em dezesseis sítios arqueológicos, todos da área 03 de Xingó. Essa característica foi fundamental e nos permitiram inferir com maior segurança sobre as diferentes escolhas/estratégias envolvidas para concepção e manufatura dos conjuntos artefatuais (similaridades e diferenças), porém sempre cerceando a possibilidade de compreensão de como as populações pré-históricas que ocuparam a região estabeleceram seu sistema regional de assentamentos em terraço, tendo como hipótese norteadora que todos os sítios contemporâneos estariam conectados entre si no chamado complexo situacional de sítios. Metodologicamente, nossos dados foram sistematizados por meio da análise dos atributos formais e tecnológicos das indústrias líticas e de técnicas estatístico-comparativas, de forma que nos possibilitou reconstruir, mesmo que parcialmente, as seqüências operacionais dessa cultura material, inclusive partindo do pressuposto de variabilidade isocréstica. Em relação ao referencial teórico, foram utilizados múltiplos conceitos e abordagens que convergiram para a compreensão da paisagem enquanto construção social que, dotada de valores e significados, foi ser compreendida como o loci de ocupação continuada, ou lugares persistentes.