Determinação de unidades térmicas e avaliação dos efeitos de níveis térmicos elevados sobre o crescimento e a produção de cultura de batata (Solanum tuberosum L.)

• Ano de defesa: 1991
• Autor(a) principal: Trebejo Varillas, Irene
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: BATATA; CRESCIMENTO VEGETAL; PRODUÇÃO; TEMPERATURA
• Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-20181127-160216/

O trabalho foi realizado com dois cultivares de batata (Itararé e Apuã), em experimentos conduzidos pela Seção de Raízes e Tubérculos do IAC em Itararé (24°07’S, 49°20’W, 1150 m) e na ESALQ/USP em Piracicaba (22°42’S, 47°38’W, 580 m). A temperatura-base determinada para a fase plantio-maturação nos dois cultivares foi de 8°C. Analisada a relação entre a temperatura média do ar e a taxa de desenvolvimento da cultura, encontrou-se uma relação linear para os plantios em Itararé, enquanto que os elevados níveis térmicos registrados em Piracicaba desviaram a linearidade dessa relação. Em Itararé a fase plantio-maturação é completada ao atingir em média 1270°-dia. Na localidade de Piracicaba, considerando as correções por temperaturas ótimas na faixa de 21 a 23°C a fim de manter a linearidade do sistema no cálculo de graus-dia, obteve-se em média 1340°-dia. Ao não serem consideradas estas correções, as médias foram de 1642°-dia. Ao avaliarem-se as respostas fisiológicas dos cultivares de batata quando submetidos a níveis térmicos elevados em Piracicaba, não foram encontradas diferenças significativas entre cultivares na acumulação de matéria seca total, nem em sua distribuição aos tubérculos. A tendência do cultivar Apuã foi de alocar maior parte de seus assimilados para o crescimento de tubérculos, mais intensamente na fase final, às expensas de uma significativa e rápida senescência da parte foIiar. A diferença em rendimento entre os dois cultivares também não foi significativa, encontrando-se em média um rendimento de 1638 g/m2, com 14,6% de conteúdo de matéria seca. A produção de matéria seca nos tubérculos por unidade de solar interceptada (g/MJ) foi significativamente menor para o cultivar Itararé que para Apuã (0,28 e 0,36 g/MJ respectivamente). A diferença em eficiência de conversão para matéria seca total não foi significativa entre cultivares, alcançando em média 0,72 g/MJ para os cultivares.