A ruína brutalista. Sobre a fotografia e a nostalgia na contemporaneidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ottoni, Ana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-12122017-140505/
Resumo: As ruínas da arquitetura brutalista paulista e o aspecto simbólico de sua imagem são o tema desta pesquisa. Ela se desenvolve a partir de dois ensaios complementares: um fotográfico e outro textual. O primeiro, realizado nos últimos três anos, enfoca prédios modernistas paulistas em diferentes estados de conservação: arruinação após algum período de utilização, interrupção e abandono antes mesmo do término das obras e - no caso específico do prédio da FAU-USP -, o processo de restauração. O ensaio textual tem caráter analítico e procura compreender o imagético dentro do contexto da fotografia contemporânea, ao traçar as relações construídas entre fotografia e arquitetura e fotografia e ruína. Essas intersecções são observadas em momentos particulares do Modernismo até a Contemporaneidade, passando pela crítica pós-moderna nos anos 1960 e 70. Finalizo com o entrelaçamento dessas questões no âmbito brasileiro. A motivação inicial desse projeto é pessoal, pois o primeiro edifício fotografado é uma casa brutalista em que vivi por 17 anos, projetada (e fotografada) pelo arquiteto David Ottoni, meu pai. Os outros todos são, com apenas uma exceção, edifícios públicos. Ao final conclui-se que as ruínas modernistas brasileiras, além do esgotamento do pensamento moderno em si, com frequência também traduzem falência político-institucional e descaso público.