Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Bernardes, Eduardo de Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-18112015-115200/
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Resumo: |
O procedimento de omissão do reforço, em esquemas de reforçamento em intervalo-fixo, produz uma redução na pausa pós-reforço e, consequentemente, um aumento na frequência de respostas no próximo intervalo. Existem diferentes interpretações relacionadas ao efeito de omissão do reforço (EOR), baseadas em componentes atencionais / motivacionais. Estudos preliminares têm examinado o papel da ativação de alguns núcleos da amígdala na modulação destes componentes. Estudos recentes sugerem que as subestruturas da amígdala podem estar envolvidas em diferentes processos, e as conexões entre diferentes núcleos da amígdala e estruturas corticais / subcorticais também parecem estar envolvidas em processos relacionados a recompensas e expectativa. Outros estudos sugerem que a interação entre a amígdala e nucleus accumbens (NAC) é importante para a modulação de processos motivacionais. No entanto, não há estudos na literatura avaliando se lesões neurotóxicas em diferentes regiões corticais e subcorticais podem interferir nos EORs. Este estudo teve como objetivo analisar os EORs sobre o repertório comportamental em ratos com lesões do NAC, em procedimentos de condicionamento clássico e reforçamento não-contingente. Trinta ratos Wistar machos, divididos nos grupos accumbens e controle sham, foram submetidos a 28 sessões de treinamento com 8 práticas cada uma: 20 sessões pré-lesão, duas sessões de retreino e seis sessões pós-lesão (com omissão de reforço). Cada prática constituía de um sinal de 20 segundos (tom), seguindo-se a libertação de uma gota de água no 19º segundo. Em sessões com omissão, a água foi liberada em metade das práticas. Foram analisadas dez categorias comportamentais. A comparação entre taxas de duração durante as práticas de liberação e omissão do reforço mostrou que os grupos accumbens e controle sham apresentaram EORs. O grupo accumbens foi menos sensível aos EORs. Em relação às categorias comportamentais Farejar o bebedouro e Farejar a região do bebedouro, as taxas de duração do grupo controle sham durante a omissão foram maiores em relação às taxas do grupo accumbens. Já para as categorias Lamber o bebedouro, Farejar distante do bebedouro, Levantar, Locomoção e Limpeza, as taxas de duração do grupo controle sham foram menores do que o grupo accumbens. Os resultados sugerem que o NAC pode fazer parte da circuitaria envolvida na modulação dos EORs e também indicam a necessidade de se considerar o envolvimento de uma rede neural mais complexa para avaliação dos EORs. |