Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Caballero, Selônia Patrícia Oliveira Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-25022021-121658/
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Resumo: |
Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é compreendida como uma ferramenta que organiza o trabalho profissional de enfermagem de forma pessoal, metodológica e instrumental, tornando possível a aplicação do Processo de Enfermagem (PE) na prática. O PE é uma ferramenta orientadora e metodológica do cuidado profissional de enfermagem e da documentação da prática de enfermagem. O PE é constituído por cinco etapas interdependentes. Porém, somente após sua normatização pelo conselho de classe no Brasil, a SAE/PE passou a ser exigida nas instituições de saúde. Contudo, há ainda fatores limitantes que impedem a plena implantação da SAE/PE, particularmente no âmbito da Atenção Primária em Saúde (APS). Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional da SAE, na perspectiva dos profissionais da APS, em Jundiaí-SP. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido no município de Jundiaí. Foi aplicado questionário com escala de tipo Likert, previamente validado. A população do estudo foi composta por enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem, que trabalham na APS do referido município. Resultados: Participaram do estudo 130 profissionais de enfermagem (45 enfermeiros e 85 técnicos e auxiliares de enfermagem), atuantes em 24 UBS. Os participantes apresentaram em média 18 anos de atuação profissional (DP=11). Dentre os participantes, cinco enfermeiros e 31 técnicos/auxiliares relataram nunca ter participado de aulas sobre SAE/PE durante o curso de formação profissional. Os participantes apontaram não ter dificuldade para entender o que é SAE e PE. Contudo, as respostas obtidas demonstraram que ainda há dúvidas sobre os conceitos relativos a SAE e PE. De maneira geral, observou-se que os técnicos/auxiliares de enfermagem tiveram mais dúvidas que os enfermeiros nas questões. Os participantes apontaram que há lacunas na formação acadêmica relativa a SAE/PE. Enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem reconheceram que existem dificuldades de implantação da SAE na APS. A falta de linguagem padronizada para enfermagem para uso na APS também foi apontada como um obstáculo, bem como o pouco incentivo das instituições de saúde na consolidação dessa metodologia de trabalho. Questões operacionais como interrupções frequentes e falta de consultórios foram indicadas como barreiras para a plena execução da SAE/PE. Conclusão: A SAE ainda é pouco aplicada no processo de trabalho da APS no cenário do estudo. Existem lacunas na formação profissional sobre SAE e PE, e a educação permanente nas instituições de saúde é apontada como uma forma de preencher esta lacuna. |