Padronização e avaliação do Teste de Dot-blot IgM para o sorodiagnóstico da leptospirose humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Blanco, Roberta Morozetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-28092021-115915/
Resumo: A leptospirose é uma zoonose com ampla distribuição mundial causada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira spp. Os sintomas da leptospirose podem se apresentar de forma bastante inespecífica dificultando o diagnóstico clínico e por isso o diagnóstico laboratorial é fundamental para a confirmação dos casos. Portanto, o objetivo desse trabalho foi padronizar um teste de Dot-blot IgM para o sorodiagnóstico da leptospirose humana. O teste de Dot-blot IgM foi avaliado utilizando antígenos extraídos de Leptospira interrogans sorovar Copenhageni e de Leptospira biflexa sorovar Patoc por termoresistência, n-butanol e sonicação para detecção de anticorpos IgM antileptospiras. Além disso, anticorpo anti-IgM humano conjugado com fosfatase alcalina foi comparado a anticorpo anti-IgM humano conjugado com peroxidase. Foram analisadas amostras pareadas de soros de 147 pacientes com leptospirose confirmada pelo teste de aglutinação microscópica (MAT) que apresentaram soroconversão. Foram analisadas também amostras únicas de soro de 88 pacientes com diferentes patologias e 60 amostras de soro de indivíduos sadios, pertencentes ao grupo controle. Os testes de Dot-blot IgM com antígenos extraídos por termo-resistência e com conjugado fosfatase alcalina apresentaram maiores taxas de sensibilidade, principalmente na fase aguda da doença. Assim, foi realizada uma padronização do teste de Dot-blot IgM com conjugado fosfatase alcalina e antígenos extraídos por termoresistência de sorovar Copenhageni (TR2) e de sorovar Patoc (TR19) e foi testado também a mistura desses dois antígenos (TR). Foram analisadas amostras pareadas de 124 casos confirmados de leptospirose pelo MAT que apresentaram soroconversão e como grupo controle, 85 amostras únicas de soro de pacientes com outras doenças e 58 soros de indivíduos sadios foram analisadas. Os resultados foram interpretados por dois observadores independentes. Também foram avaliadas a reprodutibilidade e repetibilidade dos testes. O Dot-blot IgM com antígeno TR19 e conjugado fosfatase alcalina apresentou maior taxa de sensibilidade nos primeiros sete dias após o início dos sintomas (60,5%) e por isso se mostrou melhor que os antígenos TR2 e TR. A sensibilidade desse teste variou de 58,1% a 96,0% entre as primeiras e segundas amostras de soro e a especificidade foi de 93,7%. O teste se mostrou consistente com 100% de repetibilidade e reprodutibilidade e com resultado visual confiável, com concordância quase perfeita entre as interpretações dos resultados realizadas por dois observadores independentes. O teste de Dot-blot IgM com antígeno TR19 e conjugado fosfatase alcalina pode ser utilizado como teste de triagem no diagnóstico sorológico da leptospirose humana