Identificação do sangue ingerido, utilizando a técnica de ELISA, por fêmeas de Aedes scapularis do Parque Ecológico do Tietê, São Paulo, Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Vicentin, Elaine Cristina Matos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-30092022-133128/
Resumo: A Febre do Nilo Ocidental é doença emergente em diversas regiões do mundo. O agente etiológico é vírus da família Flaviviridae que infecta aves, eqüinos e, acidentalmente, o homem. No Brasil o vírus não foi encontrado até o momento, entretanto, vem sendo realizada a vigilância epidemiológica com vistas à detecção precoce da presença do agente viral no país. O conhecimento do hábito alimentar dos mosquitos é importante para estudos em Saúde Pública, pois indica a potencialidade desses organismos para veicular agentes infecciosos que podem causar doenças. Assim, o uso do teste imunoenzimático ELISA (Enzyme Linked ImmunoSorbent Assay) indireto para a identificação do sangue ingerido por fêmeas de culicídeos é ferramenta importante para a definição e discussão do hábito alimentar das espécies. O objetivo do estudo foi investigar o sangue ingerido por fêmeas de Aedes scapularis capturadas no Parque Ecológico do Tietê (PET), situado na região metropolitana da Grande São Paulo. O PET apresenta diversos ambientes que são adequados a múltiplas espécies de mosquitos. As coletas foram realizadas, mensalmente, no período de junho de 2005 a junho de 2006. Nas coletas, foram utilizados aspiradores de Nasci, movidos à bateria. Foram escolhidas 04 áreas do PET. Esses locais foram determinados com base em estudos anteriores. Dessa maneira, foi possível escolher os ambientes que apresentavam maior probabilidade de encontro de Aedes scapularis. Foram coletadas 843 fêmeas de Aedes scapularis. Dentre os insetos testados, os resultados obtidos foram: 67/336 (19,94%) positivos para homem; 20/336 (5,95%) positivos para aves; 129/336 (38,39%) positivos para cão, 17/336 (5,06%) positivos para rato, além de 103/336 (30,66%) positivos para repastes múltiplos. A baixa positividade para ingestão de sangue de rato e de aves aponta o possível envolvimento de outros hospedeiros como fonte alimentar. Os resultados para o repasto múltiplo demonstram que os mosquitos alimentam-se do sangue de vários hospedeiros antes de realizar a oviposição.