Mecanismos induzidos por leucotrienos na condição de artrite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Tokuhara, Cintia Kazuko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-16112021-160342/
Resumo: artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta principalmente as articulações. Apresenta como manifestações clínicas, edema e eritema nas articulações, dor que com a progressão da doença, promovem alterações importantes na arquitetura articular e diminuição e/ou perda de função. Patologicamente, ocorre hiperplasia da membrana sinovial, formação de pannus, presença de células do sistema imune e consequentemente, liberação de quimiocinas e citocinas pro-inflamatórias. Os leucotrienos, por sua vez, são mediadores lipídicos, derivados do metabolismo do ácido araquidônico e sintetizados pela via 5-lipoxigenase (5-LO), apresentando um papel importante na resposta inflamatória tecidual e na defesa do hospedeiro contra vários patógenos. O leucotrieno B4, é um potente quimioatrativo de neutrófilos, pois promove a adesão dessas células para o endotélio vascular, promovendo o desenvolvimento da artrite. O presente trabalho teve como objetivo investigar os mecanismos envolvidos pelos leucotrienos, na artrite induzida em animais knockout para 5-LO (5-LO KO) e wild type (WT). Utilizando o modelo experimental de artrite reumatoide induzida por anticorpos de colágeno (Collagen Antibody-Induced Arthritis - CAIA), camundongos 5-LO KO e WT foram imunizados via veia caudal, com um coquetel de 5 tipos de anticorpos monoclonais contra o colágeno tipo II, no dia 0, seguido por administração intraperitoneal de lipopolissacarídeo (LPS) nos dias 3 e 11. O tampão fosfato-salino (PBS) foi utilizado como veículo nos grupos controles. Os animais foram monitorados e a progressão da doença foi avaliada diariamente por 14 dias. No décimo quarto dia, os camundongos foram eutanasiados e as patas coletadas para os ensaios de coloração com hematoxilina e eosina (HE) e tricrômico de masson, imunoexpressão por imunohistoquímica e imunofluorescência e análise proteômica. Os resultados demonstraram que o grupo WT CAIA desenvolveu uma sinovite moderada, ao analisarmos as patas dianteiras, em contrapartida, o grupo 5-LO KO CAIA, deficiente de leucotrienos, não desenvolveu a doença. Análises de imunoexpressão de marcadores inflamatórios e vasculares revelaram maior expressão da interleucina IL-1 e CD31 no grupo WT CAIA, entretanto não houve diferença na expressão de IL-6 e CD34 entre os grupos avaliados. Em relação ao perfil proteômico, mudanças significativas foram encontradas na identificação das proteínas totais na comparação entre os grupos experimentais e controles, como proteínas relacionadas a produção de colágeno e presentes no processo inflamatório. Adicionalmente, proteínas exclusivas no grupo 5-LO foram identificadas, consideradas antioxidantes, nos direcionando a hipótese de que essas proteínas estariam sim, envolvidas no não desenvolvimento da sinovite nos camundongos knockout.