Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ciotta, Mariana Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106134/tde-16032020-221515/
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Resumo: |
A comunidade global estabeleceu, por meio do Acordo de Paris, a escolha de uma meta ambiciosa de redução de emissões de gases de efeito estufa durante a primeira metade do século XXI. Esse caminho requer o desenvolvimento rápido e extensivo de tecnologias de baixa emissão de carbono. A alta dependência mundial de combustíveis fósseis indica que uma transição energética rápida baseada no uso de combustíveis renováveis ou considerando, ainda, a redução do consumo energético total não será possível sem modificações estruturais na lógica neoliberal de produção e consumo. Dessa forma, as tecnologias de captura e armazenamento de carbono surgem como uma ferramenta relevante para atuação emergencial, uma técnica de redução de danos a ser utilizada para que se atinjam as metas do Acordo de Paris. Neste cenário, o armazenamento geológico de CO2 surge como uma das possibilidades de ação, sendo a busca por reservatórios adequados parte relevante dessa empreitada. No caso do Brasil, a Bacia de Santos possui localização privilegiada, estando próxima de centros produtores e consumidores de derivados de petróleo. Esse trabalho se dedicou à busca de reservatórios na Bacia de Santos, culminando no estudo da zona do Campo de Merluza. Desse modo, essa dissertação apresenta uma revisão bibliográfica que compila informações sobre as diversas etapas envolvidas na seleção de um reservatório geológico de CO2. A partir das definições e critérios propostos, seleciona-se o Campo de Merluza como a região de possível aplicação de um projeto de armazenamento de CO2. As características geológicas que sugerem um possível uso das Formação Juréia e Formação Itajaí-Açu (Membro Ilhabela) são apresentadas a partir de dados geoquímicos e descrições litológicas compiladas. Um estudo de cálculo de estimativa de capacidade de armazenamento também é apresentado. Essa favorabilidade não é apenas geológica: a presença de infraestrutura já instalada na zona de Merluza como uma plataforma fixa e um gasoduto exclusivo dialogam com a literatura que sugere uma maior economicidade e menor dano ambiental da adaptação de campos depletados em óleo e gás para o uso como reservatório geológico de CO2. Propostas de trabalhos futuros que colaborem com a verificação desse uso são apresentadas. |