A forma da palavra: poesia visual sânscrita, grega e latina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pondian, Juliana di Fiori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-31102011-132738/
Resumo: Em nossos dias, considera-se a articulação entre expressão e conteúdo no poema um dos traços mais importantes da criação poética. Desde a eclosão dos movimentos estéticos de vanguarda do século XX, que procuraram romper com os discursos tradicionais e as formas canônicas do verso, a tensão palavra/som/imagem tem sido um vetor construtivo por excelência da criação poética, sendo a poesia visual uma das formas de arte que mais difusão apresentou nas últimas décadas. A presente pesquisa procura demonstrar que, mais que um traço característico da criação poética moderna, a tensão entre expressão e conteúdo e o recurso à visualização constituem procedimentos estéticos presentes em diversas tradições literárias da Antiguidade, tanto no Ocidente quanto no Oriente. Assim, este trabalho busca recuperar esses textos originais a partir do estudo de um conjunto de aproximadamente trinta poemas, pertencentes às tradições literárias sânscrita (o citrakvya), grega (o technopaignion) e latina (o carmen figuratum). O estudo consistiu em, de um lado, traduzir os poemas para a língua portuguesa, acompanhados de comentários críticos, a fim de compor uma antologia de poesia visual. E, de outro, analisar, com base na linguística estrutural e na teoria semiótica francesa, os mecanismos próprios de configuração de sentido dos poemas, a partir de questões clássicas acerca desse tipo de prática poética como as oposições entre arbitrariedade vs. motivação; oralidade vs. escrita; e temporalidade vs. espacialidade. Finalmente, aplicando as bases teóricas discutidas ao corpus estudado, procuramos estabelecer uma tipologia segundo a qual os poemas possam ser classificados.