Origem de fluoreto em águas subterrâneas dos sistemas aquíferos Botucatu e Serra Geral da Bacia do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Fraga, Carlos Gilberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-11112015-143234/
Resumo: O tópico da origem dos fluoretos nas águas subterrâneas dos sistemas aqüíferos Botucatu e Serra Geral da bacia do Paraná constitui um fenômeno hidrogeológico de inquestionável conotação econômica. A ocorrência desse íon, em excesso, em poços que penetraram parcial ou totalmente os sistemas aqüíferos em questão, tem comprometido, em determinadas áreas, a exploração em grande escala de uma das maiores reservas de água subterrânea do continente Sul-Americano. A compreensão desse fenômeno representa um desafio aos estudos hidrogeoquímicos até então realizados na bacia do Paraná, porque se antevê a incidência de muitas variáveis no sistema água-rocha, condicionadoras do mecanismo de mobilização, transporte e deposição de flúor. A gênese das mineralizações de flúor, em termos de idade e distribuição, pode ser atribuível, na área em estudo, a duas fases distintas: proterozóica (fluidos residuais - pós-magmáticos - do magnetismo ácido e alcalino granítico, instalado ao longo de fraturas de tração no fim da orogênese brasiliana) e mesozóica (magmatismo mesozóico, convectivo ascendente). De conformidade com a natureza dos dados básicos disponíveis, notadamente, nos Estados do Paraná e de São Paulo, pode-se explicar a origem das águas fluoretadas através da fundamentação de duas teorias amplamente distintas: uma de ordem sedimentar e a outra de ordem magmática. Considerando que as concentrações anômalas de flúor estão relacionadas às água alcalinas do sistema aquífero Botucatu sob condições de grande confinamento e que dentro de amplos limites de evidências geológicas a teoria magmática não encontra argumentos para explicar a natureza química dos dados e as formas de jazimento do flúor até então observadas, atribui-se à presença dos fluoretos na água como sendo de origem sedimentar. As concepções da teoria proposta são abordadas através da seguinte linha de pesquisa: (A) comportamento do flúor em função dos efeitos de processos intempéricos, geoclimáticos e sedimentológicos; (B) composição química geral das águas subterrâneas fluoretadas; e (C) aspectos litoestratigráficos e estruturais da bacia do Paraná (tipos de eventos e seus efeitos no condicionamento dos aqüíferos). Por outro lado, a compreensão da análise do fenômeno hidrogeoquímico, ora em questão, pode ser enormemente facilitada pela apresentação de um modelo de evolução dos mecanismos de concentração do flúor no sistema água-rocha, onde são ressaltadas as idéias expostas sobre a sua providência e para gênese mineralógica. Neste caso, dentre os tópicos relevantes a serem ressaltados do modelo, ora idealizado, destacam-se: a maior parte do flúor mobilizado durante o intemperismo da área-fonte ligada aos argilominerais; a distribuição do flúor (concentração) é fortemente influenciada pelo clima; e as áreas potencialmente mais críticas à ocorrência do \'F POT. -\' na água estão diretamente relacionadas aos grandes traços da geometria da bacia deposicional do Pirambóia