Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vincha, Kellem Regina Rosendo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-08012018-140307/
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Resumo: |
Introdução - Grupo educativo é uma tecnologia de cuidado utilizada frequentemente na Atenção Básica em ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), como forma de enfrentamento aos desafios da saúde pública. Entretanto, estudos indicam a insuficiência de modelos educativos e de evidências sobre essas ações. Uma teoria que tem sido valorizada é o Grupo Operativo (GO). Objetivo - Analisar um modelo de grupo educativo de alimentação e nutrição na perspectiva da autonomia nas escolhas alimentares. Métodos - Estudo qualitativo desenvolvido sob o referencial da pesquisa-ação, no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza com usuários portadores de doenças crônicas relacionadas à alimentação e nutrição. A elaboração do modelo de grupo teve como base os referenciais: promoção da saúde, alimentação adequada e saudável, EAN e GO. Este foi aplicado em dois grupos, de 9 e 6 encontros, pela pesquisadora. Para a produção dos dados utilizaram-se as técnicas de investigação: observação dos grupos por meio de filmagem, diário de campo e entrevista. Os vídeos foram selecionados e validados por uma equipe de pesquisadores, a partir dos vetores de avaliação do GO, que foram usados, em conjunto com os dados do diário, para descrever os processos grupais e as ações de um nutricionista. Os dados das entrevistas, utilizados para avaliar os processos grupais e a autonomia nas escolhas alimentares, foram analisados através da Análise de Conteúdo Temática. Resultados - O modelo de grupo foi composto de diagnóstico, objetivos, enquadre, plano de trabalho e avaliação. O plano engloba: tarefa dos encontros, momentos de acolhimento, de integração/reflexão e de fechamento, estratégias educativas, proposta de elaboração de metas de mudanças alimentares e recursos necessários. Na descrição dos grupos, formados por 7 e 8 participantes, foi verificado que a comunicação foi o vetor mais investido pela nutricionista e que este influenciou os outros, sobretudo a cooperação e a aprendizagem e pertinência. As ações da nutricionista foram aprimoradas ao longo dos encontros, mostrando sua formação. Na avaliação dos processos grupais, ficou evidente a importância das relações interpessoais, ou seja, do vínculo grupal para a adesão ao cuidado. Na avaliação da autonomia, os indicadores de empoderamento identificados foram: autopercepção, informação e conhecimento, habilidade pessoal e atitude, como também da autonomia, denominada de adaptação ativa perante as escolhas alimentares: negociação interna, enfrentamento dos determinantes e responsabilização pelo cuidado. Conclusões - O investimento, nos vetores de avaliação do GO, provocou movimentações nos participantes para o cuidado, sendo essas reveladas pelos indicadores de empoderamento e de autonomia. A aplicação do modelo fomentou a EAN em um cenário onde pensar/sentir/praticar o cuidado se fez a partir do vínculo, da produção em conjunto, das discussões do cotidiano de vida e da conservação dos objetivos. Este modelo configurou-se em uma tecnologia de cuidado nutricional que vem a fortalecer a autonomia nas escolhas alimentares dos indivíduos |