Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1974 |
Autor(a) principal: |
Silva, Márcio Bartolomeu Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-153557/
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Resumo: |
Até os anos iniciais da década de 60, a Índia monopolizava, praticamente, todo o comércio mundial de amêndoa de caju. A partir daí, verificou-se uma mudança nesta situação, com os demais países exportadores aumentando, permanentemente, suas participações no total de amêndoa de caju exportada mundialmente. Esta mudança, deve-se, sobretudo, ao estabelecimento de unidades mecanizadas de beneficiamento de castanha de caju, nos, países do leste africano, permitindo-lhes competir com o produto indiano. Verifica-se, também, que cerca de 2/3 das castanhas de caju beneficiadas na Índia, foram importadas dos países africanos, principais competidores da amêndoa de caju exportada pela Índia. Este fato, levou o governo indiano a tentar reduzir esta dependência através de planos quinquenais com vista a ampliação da cultivada com cajueiros. área Quanto aos principais países consumidores de amêndoa de caju, constatou-se que a União Soviética e os E.U.A. absorveram cerca de 7ofo da amêndoa de caju exportada mundialmente no período de 1961-71. , A Outros países que são importantes consumidores de amêndoa de caju, são: Canadá, as duas Alemanhas, Reino Unido e Austrália. Verificou-se também que países como o Reino Unido e a Alemanha Oriental, tiveram suas participações no total mundial deste produto, reduzidas, significativamente, no período analisado (1961-71). Por outro lado, paises como o Japao e a Holanda, tem aumentado, acentuadamente, suas importações de amêndoa de caju. Quanto aos preços médios pagos no mercado norte-americano, às quantidades importadas nos Últimos anos, observa-se, uma relativa estabilidade nos mesmos. Com respeito às três análises de demanda realizadas neste trabalho, duas, referem-se ao mercado norte-americano e uma, ao mercado soviético. Na primeira análise feita para o mercado norte-americano, foram estimadas catorze equações de regressão, utilizando- se três modelos: bi logarítmico, semilogarítmico e log-inverso. Em t.2, das as equações estimadas foram incluídas as variáveis preço de amêndoa de caju e renda disponível per capita. A partir destas variáveis foram estimadas mais treze equações, combinando-se tais variáveis com as demais variáveis independentes: preços de avelã, castanha do para, amendoim, amêndoa comum e walnut. Os resultados obtidos através da equação selecionada, indicaram uma demanda inelástica. Outrossim, os sinais dos coeficientes de elasticidade encontrados para as variáveis preço de amendoim e avelã, indicaram relações competitivas entre estes produtos e a amêndoa de caju. Ao contrário dos produtos acima, o coeficiente de elasticidade da variável preço de castanha do Pará, sugeriu uma relação complementar deste produto com a amêndoa de caju. A maioria das equações estimadas apresentaram baixo poder explicativo. À exceção da variável renda per capita disponível, todos os demais parâmetros estimados, não se mostraram significativos. Na segunda análise feita para o mercado norte-americano, foram, também, utilizados os modelos bilogarítmico, semilogarítmico e log-inverso. Entretanto, estimaram-se, apenas, duas equações de regressão para cada modelo. As variáveis usadas foram o preço CIF médio das amêndoas de caju importadas pelos E.U.A. e a renda per capita disponível. Deve-se observar, que o preço de amêndoa de caju usado na primeira análise, refere-se, apenas, a determinado tipo: Large White pieoe. Outra distinção nesta segunda análise, é que os dados referentes a variável renda disponível per capita, tanto abrange o período 1959-69, como o período 1950- 70. Nas equações estimadas, ora utilizavam-se os dados desta variável referente ao período 1950-69, ora, ao período 1951-70. Esta atitude é explicada, em vista dos dados utilizados nesta análise, sobre consumo per capita e preço de amêndoa de caju, corresponderem ao calendário anual setembro-agosto, enquanto que os dados da primeira análise, referem-se ao calendário janeiro-dezembro. Os resultados obtidos nesta análise também indicaram uma demanda preço-inelástica para a amêndoa de caju, no mercado norte-americano. Quanto ao coeficiente de elasticidade encontrado para renda, este sugere uma demanda renda-elástica. Semelhantemente, à análise anterior, o poder explicativo das equações estimadas apresentou-se baixo. Para o mercado soviético, as variáveis independentes utilizadas foram: produto interno bruto per capita e tempo. Seis equações foram estimadas usando-se os mesmos modelos econométricos das análises anteriores. Contrariamente às análises anteriores, os coeficientes de determinação das equações estimadas, apresentaram-se bastante elevados. Os parâmetros estimados foram estatisticamente significativos e o coeficiente de elasticidade-renda indicou uma demanda bastante elástica. |