Contribuição dos aspectos endoscópicos e ecoendoscópicos para o diagnóstico diferencial das lesões subepiteliais gástricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schulz, Ricardo Teles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-24112015-093206/
Resumo: INTRODUÇÂO: O termo lesão subepitelial se refere a qualquer protrusão ao lúmen do trato gastrointestinal recoberta por mucosa de aspecto normal. A realização de biópsias endoscópicas apresenta rendimento diagnóstico limitado. A ecoendoscopia é considerada o teste diagnóstico de escolha para avaliar diversas características da lesão subepitelial. OBJETIVO: Em relação às lesões subepiteliais gástricas, avaliar dados clínicos, topográficos e ecoendoscópicos como fatores preditores do diagnóstico histopatológico. MÉTODOS: selecionados 55 pacientes adultos atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de outubro de 2003 a agosto de 2011 com diagnóstico de lesão subepitelial gástrica à endoscopia digestiva alta, submetidos à ecoendoscopia, com diagnóstico histopatológico, utilizando-se como procedimentos de investigação a ecoendoscopia e a análise histológica/imuno-histoquímica do material obtido por punção ecoguiada e/ou ressecção/biópsia endoscópica/cirúrgica. As seguintes variáveis foram incluídas para análise, relacionando-as ao diagnóstico histopatológico: tamanho; camada ecoendoscópica; aspecto ecográfico; limites; detecção de fluxo ao Doppler e distribuição topográfica gástrica. RESULTADO: Utilizando modelo logístico para variáveis associadas aos diagnósticos (p <,05), observamos que no caso do tumor gastrointestinal estromal (GIST) a probabilidade da lesão localizar-se na cárdia é baixa (4,5%); há maior risco de GIST em pacientes acima de 57 anos (RC=8,9, IC95%7.6,10.2), lesão >= 21mm (RC=7,15, IC95%5.88, 8.43), com fluxo ao Doppler (RC =9, IC95%6.6, 11.4), limite irregular (RC= 7,75, IC95%6, 9.4) e inserida na 4ª. camada parietal (RC=18,8 IC95% 16.7, 20.94); o leiomioma apresentou alta probabilidade (95%) para cárdia com RC = 390 (IC95% 387, 394); o modelo de regressão múltipla indicou as variáveis dimensão, distribuição topográfica gástrica e camada parietal como significativas para GIST, e distribuição topográfica gástrica (cárdia) para leiomioma. CONCLUSÃO: Existe associação entre a localização da lesão subepitelial gástrica na topografia da cárdia e os diagnósticos de Leiomioma e GIST, com comportamento inverso, sendo o leiomioma o diagnóstico mais provável nesta situação.O modelo logístico de regressão múltipla indica que as variáveis significativas para afastar o diagnóstico de GIST são localização na cárdia, fora da 4a. camada parietal ecoendoscópica e diâmetro da lesão de até 20mm