Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Anna Beatriz Carnielli Howat |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-14052014-162050/
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Resumo: |
A perspectiva evolucionista entende a propensão humana ao risco como estratégia comportamental selecionada para responder a certas dicas ambientais e individuais sobre a disponibilidade de recursos. Dentre as dicas ambientais, a imprevisibilidade é um dos aspectos mais influentes na propensão ao risco. No entanto, não há consenso sobre a importância da imprevisibilidade real do ambiente atual ou de um viés perceptivo sobre a imprevisibilidade, construído ao longo do desenvolvimento. Além disso, é importante considerar o estudo destas relações de forma multidimensional, a fim de se analisar os vários aspectos que influenciam o risco (social, cultural, individual e contextual) e a imprevisibilidade (perceptiva, objetiva e contextual). Esta tese teve como objetivos: (1) comparar diferentes instrumentos/metodologias de mensuração do risco relacionadas a diferentes formas de envolvimento do participante em situação de tomada de decisão; (2) investigar as relações da percepção de imprevisibilidade do ambiente infantil, da percepção de imprevisibilidade do ambiente atual e da imprevisibilidade objetiva do ambiente atual com as taxas de propensão ao risco; e (3) diferenciar grupos sexuais e grupos experimentais de imprevisibilidade contextual imediata manipulada quanto à variação das taxas de propensão ao risco. Esta pesquisa constou de etapa de construção de instrumento de ativação contextual (a partir de grupos focais; n=35), etapa de pré-teste (n=46) e etapa de coleta propriamente dita (n=211). Tanto no pré-teste quanto na coleta de dados foram usados os mesmos instrumentos: além de questionário sociodemográfico e questionário sobre marcos futuros, usamos instrumentos de imprevisibilidade (EIFI, dados objetivos e ativação contextual por meio de vídeos) e de propensão ao risco (EPRE, jogo driving a car e jogo de cartas). A coleta ocorreu individualmente em setting experimental, com grupos amostrais: 120 participantes eram mulheres (m=21,60 anos; dp=2,19) e 91 eram homens (m=21,46 anos; dp=2,0); 74 participantes compuseram o grupo somático, 78 o grupo reprodutivo e 59 o grupo controle. Os resultados apoiaram a hipótese da relação entre a percepção de imprevisibilidade na infância e a propensão ao risco em etapas mais maduras da vida. Entretanto, esta relação é acompanhada de outros fatores diretamente, tal como a expectativa de vida, e indiretamente, tais como a imprevisibilidade objetiva atual, a percepção de imprevisibilidade atual reprodutiva e o lócus de controle externo. Médias de risco foram diferenciadas por características sexuais, enquanto características contextuais diferenciam a estratégia de resposta ao risco, ou seja, sob ativação contextual o indivíduo recorre mais fortemente à percepção de imprevisibilidade infantil para responder à propensão ao risco do que à expectativa de vida. Além disso, este trabalho contribuiu para a construção e desenvolvimento de instrumentos válidos para o estudo da propensão ao risco voltados para população brasileira |