Ócio, lazer e distinção. Vilegiatura marítima e a invenção do Guarujá (1893-1913)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Marino, Carlos Eduardo Collet
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-07012019-152333/
Resumo: Esta dissertação trata sobre a invenção, constituição e sucessivas renovações da Vila Balneária do Guarujá, inaugurada no ano de 1893, evidenciando o estreito vínculo entre a expansão territorial paulista e os avanços tecnológicos, o desejo pela diversificação de investimentos de parte da elite cafeicultora, o avanço de novas práticas sociais e o crescente transito de ideias do Mundo Atlântico, que articula o litoral brasileiro à Europa setentrional, a pontos específicos do cone sul e sobretudo à costa noroeste dos EUA. Elevando o lazer à posição de centralidade no processo de expansão urbana, a Vila Balneária construída na Ilha de Santo Amaro, ao longo dos primeiros 20 anos de sua existência, pode contribuir para a compreensão da complexidade inerente ao processo de urbanização do território paulista. A ênfase no modo como as práticas culturais se relacionam dialeticamente com o processo de urbanização se constitui como chave interpretativa para a leitura do empreendimento e é a partir dessa relação de interpendência que se estudarão os discursos que embasam a conformação da Vila, presentes em sua arquitetura e urbanismo. São ressaltados dessa forma aspectos que buscam reconstruir o universo desse novo invento e dão concretude ao projeto de modernização do território paulista.