"A percepção do cuidar entre estudantes e profissionais de enfermagem"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Bison, Rosa Aparecida Pavan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-19082004-170744/
Resumo: Este estudo objetivou conhecer a percepção do cuidado e as correlações entre as concepções do estudante de enfermagem, do enfermeiro e do professor de enfermagem através de um instrumento, construído com base nos conceitos e classificações de MORSE (1990). Seus trabalhos contêm definições de cuidado, evidenciadas através de técnicas de esclarecimento, envolvendo o cuidar como uma característica humana, como um imperativo moral ou ideal, como afeto, como relação interpessoal e como ação terapêutica de enfermagem. O instrumento foi elaborado, após análise sistemática de 227 redações de alunos de enfermagem, sobre o cuidado e seus significados. As 50 afirmativas, selecionadas, agrupadas por categoria, foram por duas vezes analisadas por juízes e o índice de desempenho por fator. O instrumento final, sob a forma de uma escala ordinal tipo Likert de cinco pontos de concordância sobre o objeto psicológico, recebeu o nome de Escala de Avaliação do Significado do Cuidar (EASC), com 45 afirmativas, distribuídas pelas cinco categorias (característica pessoal humana, imperativo moral, afeto, relação interpessoal e intervenção terapêutica), com nove proposições em cada uma. Os 171 sujeitos foram alunos dos cursos de graduação e especialização da UNIARARAS, enfermeiros atuantes em instituições de saúde de Araras/SP e docentes do curso de Enfermagem, da UNIARARAS. Os dados foram digitados e processados através de programas informatizados, específicos para o estudo; receberam tratamento estatístico para que fosse possível analisar a existência ou não de diferenças entre os grupos de sujeitos e as categorias. Foram calculados os valores das freqüências absolutas e percentuais das respostas de cada sujeito, por grupo e por categoria, calculadas as medianas e o nível de significância e empregada prova não paramétricas de Kruskal-Wallis para verificar se eram significantes as diferenças entre os quatro grupos. Igualmente testou-se, dentro de cada grupo, a eventual diferença entre categorias. Nos grupos, as maiores diferenças evidenciam-se entre as concepções de alunos e professores. Nas categorias, no seu conjunto, os escores de professores e alunos são próximos assim como os de especializandos e enfermeiros da prática, com diferenças significativas entre os dois agrupamentos. As diferenças são mais evidentes na concepção de cuidado como característica pessoal humana e como imperativo moral. A discussão dos resultados conduz para a necessidade de maior afinação entre o embasamento teórico ministrado no ensino e sua aplicação no exercício efetivo da profissão.