Uma leitura dos conflitos na produção do assentamento rural da fazenda Jupira no município de Porto Feliz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Nogueira, Amauri Tadeu Barbosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MST
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-19062007-152552/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo compreender os conflitos no interior das práticas sociais e estratégias de luta nos processos de formação e de organização em assentamentos rurais, e seus desdobramentos entre trabalhadores assentados, lideranças e representantes no assentamento da Fazenda Jupira, no município de Porto Feliz (São Paulo), de 1986 até 2006. Na construção da pesquisa buscamos entender o assentamento como espaço social que pode ser expresso nas relações de tensões e conflitos que podem ser desvendadas nas práticas sociais, nas estratégias de luta, impregnadas de simbologias (re)encontros de culturas, espaço de representação e legitimação dos sujeitos sociais. Definimos como área de estudo o Assentamento da Fazenda Jupira, localizado em Porto Feliz/SP, pertencente à Companhia Agrícola, Imobiliária e Colonizadora (CAIC). Optamos pelas entrevistas semi-estruturadas e análises documentais que nos permitiram compreender as várias facetas do conflito. As análises revelam-nos que o conflito no interior das práticas sociais e das estratégias de luta proporciona a incorporação de mecanismos que possibilitam questionamentos de valores seculares (clientelismo, paternalismo), além de instrumentalizar os camponeses com outros conteúdos democráticos que são estruturadores de identidades coletivas. Concluímos que, as práticas e estratégias como: reuniões, assembléias, passeatas, associações, cooperativas e outras redimensionam o universo simbólico, cultural, político e econômico dos assentados e questionam a vida pregressa dos mesmos.