Educação permanente de profissionais de enfermagem da atenção básica à saúde a partir de indicadores clínicos de risco para o desenvolvimento infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tocchio, Andrea Bianchini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-30072013-120530/
Resumo: Introdução: Formações de profissionais de saúde nem sempre abordam a subjetividade do bebê, deixando uma lacuna entre aspectos psíquicos do desenvolvimento infantil e seus eventuais problemas. A educação permanente em saúde (EPS) é uma política de formação de trabalhadores da saúde a partir de estratégias de ensino contextualizadas e participativas para a transformação de práticas. Assim, realizamos uma proposta de educação permanente com estratégias formativas dirigidas às profissionais de enfermagem do município de Embu, com a transmissão de Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil - IRDI, que verifica a instalação da constituição psíquica e do desenvolvimento do bebê de até 18 meses. Objetivos: Acompanhar efeitos de ações formativas, considerando 2 contextos: em que medida os participantes se apropriam dos fundamentos do IRDI e do aspecto relacional entre bebê e seus familiares, e verificar como os profissionais acompanham a população infantil em seus dispositivos de saúde com o uso do protocolo. Método: Como estratégias formativas, efetuamos uma intervenção em educação permanente ao longo de 1 ano e 6 meses, estruturada com 4 encontros onde foram apresentados aspectos formais das 4 faixas etárias do IRDI, sendo intercalados por monitorias em serviço feitas pela pesquisadora. Os objetivos desse trabalho foram respondidos a partir de evidências em 3 âmbitos: 1- 12 profissionais que fizeram a formação (grupo intervenção) responderam, antes e após a mesma, a questionários quanto à sua prática com bebês para a comparação dos resultados obtidos; as respostas também foram comparadas com as de profissionais que não passaram pela formação, servindo como grupo controle. As respostas foram classificadas quantitativamente em 2 categorias: aspectos físicos e aspectos psicológicos, tais como citação da interação mãe/bebê de forma inespecífica e menção à interação de maneira refinada, citando itens do IRDI ou seus fundamentos. 2- evidências de transformações, quantitativas e qualitativas, quanto à concepção de aspectos psicológicos, ao longo do tempo, do grupo que participou da intervenção. 3- discussão de alguns sentidos, tanto favorecedores quanto defensivos, que a formação teve para os que passaram por ela. Resultados: As análises quantitativas indicam que houve uma intensificação e especificação de menção de aspectos subjetivos da interação do bebê com seus cuidadores e consideração da importância disso para o desenvolvimento infantil pelo grupo intervenção. As análises qualitativas evidenciaram que ao considerarmos a subjetividade dos participantes e demais envolvidos na educação permanente ficamos diante da possibilidade de ressignificar práticas, bem como de relações dos profissionais estabelecidas entre seus familiares, pacientes, equipe de trabalho e com o próprio trabalho. Considerações Finais: As ações em educação permanente propostas nesse trabalho nem sempre ocorreram conforme suas diretrizes, no entanto, atingimos uma apropriação de aspectos emocionais do desenvolvimento infantil a partir de diferentes níveis: cognitivo, subjetivo e institucional. Conclui-se que para possibilitar avanços mais efetivos em intervenções de educação permanente para apropriação do IRDI, se faz necessária uma formação pouco técnica e mais aproximativa/subjetiva com acompanhamento contínuo dos participantes, além do apoio e da participação institucional das gerências e secretarias dos serviços de saúde envolvidos