Desenvolvimento de um bioensaio para Dexametasona baseado no modelo da membrana corioalantóica de embriões de galinha: estudo em soluções aquosas diluídas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribas, Monica
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/108/108131/tde-03082023-093031/
Resumo: Este trabalho consiste numa proposta de adaptação do modelo da membrana corioalantóica de embrião de galinha, uma plataforma robusta usada para avaliação de angiogênese, para a determinação da perturbação do crescimento da rede vascular causada por soluções aquosas diluídas de Dexametasona, que é um contaminante ambiental com atividade antiangiogênica. As concentrações testadas compatíveis com as encontradas em águas superficiais, foram de 0,8 ng/L, 8 ng/L, 20 ng/L e 80 ng/L. O desenho experimental considerou a solubilidade da substância em veículo hidroalcóolico e a compatibilidade do modelo (100 L /ovo). Em todos os grupos expostos à Dexametasona, foram observados efeitos gerais sobre a vasculatura, com mais intensidade e frequência após exposição às doses mais altas. Esses efeitos compreendem um grande número de anastomoses e vasos com ramificações triplas, vasos curvos, bifurcações próximas em vasos de calibre médio, produzindo percursos paralelos de vasos finos e perda da hierárquica típica de distribuição das ramificações. O bioensaio foi aplicado em condições em que a Dexametasona não modificou o peso e o tamanho dos embriões em desenvolvimento, em nenhum dos grupos. Houve atraso discreto no estadiamento segundo a escala de Hamburger e Hamilton entre os embriões expostos às menores concentrações testadas. O coeficiente de Murray mostrou-se promissor como um bioindicador do efeito dose-dependente sobre o desenvolvimento da rede vascular da membrana em concentrações de Dexametasona compatíveis com a existentes em águas superficiais do ambiente urbano e que são de interesse para análise ambiental. Os dados sugerem que a membrana corioalantóica de embrião de galinha pode ser aplicável para análise de Dexametasona em águas superficiais do ambiente urbano, sem a necessidade de concentração das amostras coletadas. Este desenvolvimento resultou no produto educacional que foi apresentado no ciclo de palestras da Fisiotox da Faculdade de Ciências Farmacêuticas para alunos de pós graduação com finalidade de educação permanente.