O canto coral como processo criativo: a educação musical do jovem adolescente no contexto da pedagogia Waldorf

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Tarita de Simone Bucchioni de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-02032021-163858/
Resumo: Esta pesquisa emergiu a partir da minha atividade profissional, como professora e regente na área da Educação Musical em escolas de educação básica, especificamente, no contexto da prática coral no ensino médio do Colégio Waldorf Micael de São Paulo. As atividades uniram duas propostas centrais: o canto coral e as atividades de criação musical e criatividade com adolescentes do ensino médio. Para a realização desta pesquisa, me fundamentei na autoetnografia, principalmente, em estudos relacionados à prática como objetivo de pesquisa (BENETTI, 2017). A pesquisa propôs relatar uma possível linha de atuação na disciplina de música tendo o canto coral criativo como a principal ferramenta pedagógica. Ainda, documentar, analisar e sistematizar as atividades relacionadas aos processos criativos realizadas no coral do ensino médio do Colégio Waldorf Micael, dialogando com métodos e pesquisas dos educadores musicais Teca Alencar de Brito (2001, 2007, 2019) , J-H Koellreutter (1997) e Rogério Costa (2016) que trazem em comum a ideia da música como uma agente de transformação global das capacidades humanas. O campo teórico desta pesquisa se assenta, inicialmente, na perspectiva histórica sobre a pedagogia Waldorf (STEINER 2005, 2007, 2008); no âmbito do canto coral, em educadores musicais como Marisa Fonterrada (2008), Marco Antônio da Silva Ramos (1989, 2003) e Elizabete Angela Paro (2015); dialogando ainda, com Zygmunt Bauman (2013) e Bell Hooks (2019) acerca da Educação na contemporaneidade. Assim, foi possível comprovar que é possível trabalhar com uma proposta de coral criativo com jovens de ensino médio, construindo um espaço no qual o/a coralista é autor das sonoridades e dos arranjos e o regente mediador de ideias e anseios, reconfigurando a relação hierárquica entre regente/professor e alunos. Por fim, destaco os inúmeros benefícios e saberes atrelados aos processos de cantar e de compor que transversalmente contribuem na construção de uma sociedade mais inclusiva, aberta ao próximo e colaborativa.