Respostas do cafeeiro (Coffea arabica L. cv. Catuaí) à adubação mineral e orgânica em solos de baixa fertilidade do sul de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Guimarães, Paulo Tácito Gontijo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20231122-093525/
Resumo: A baixa produtividade brasileira, dentre várias causas, deve-se à falta de uma adubação adequada. Aliado a este fato sabe-se que nos últimos anos os novos plantios de cafeeiros em Minas Gerais principalmente, têm sido feitos em solos da fertilidade natural. O presente trabalho teve como objetivo conhecer: a) as curvas de respostas do cafeeiro submetido a adubação NPK em solos de baixa fertilidade; b) os efeitos da matéria orgânica como fonte e melhorando o suprimento de nutrientes para o cafeeiro; c) níveis adequados e ajuste nas adubações para os anos de alta e baixa produção e, d) relações entre teores dos nutrientes no solo e as produções, estabelecendo níveis críticos e classes de fertilidade do solo. Os ensaios foram instalados em quatro solos onde se planta o cafeeiro no Sul de Minas Gerais, um Latossolo Vermelho Escuro (LE) em Machado e Alfenas, um Latossolo Vermelho Escuro Húmico (LEH) em Alfenas, todos sob vegetação de cerrado e um Latossolo Roxo Distrófico (LRD) sob de vegetação de floresta tropical subperenifólia transicional para cerrado em S.S. do Paraiso. O delineamento experimental foi um fatorial 3 x 3 x 3 com parcelas subdivididas onde combinou-se doses de N, P e K na presença e ausência de matéria orgânica, como esterco de galinha. Plantou-se cafeeiros da cultivar Catuaí espaçados de 4,0 x 1,0 m utilizando-se uma muda por cova e durante a condução dos ensaios, foram coletados os dados de produção e periodicamente feitas análises de solos. As curvas de resposta no LE de Machado e Alfenas e no LEH de Alfenas evidenciaram que doses intermediárias de N foram suficientes para produções máximas ocorrendo também nestes solos respostas relevantes a P e quanto ao K, este pareceu ser o nutriente mais limitante à produção nos quatro solos estudados. Ocorreram respostas generalizadas a adição de matéria orgânica, a exceção quando feita no LRD de S.S. do Paraíso. As adubações NPK em suas melhores relações, na ausência de matéria orgânica, proporcionaram produções elevadas mostrando que nestas condições esta poderia ser dispensada. Em relações desfavoráveis a matéria orgânica, corrigiu desbalanços nutricionais aumentando a produção. As correlações entre doses de fertilizantes e produções relativas demonstraram que a produção máxima na primeira colheita correspondeu a uma dose de 122,0 g de P2O5/cova aplicada no plantio; a uma dose de 75,0 g/cova na 3ª. colheita e a 58,5 g/cova na 5ª. colheita, nos locais onde as respostas a P foram significativas. Em nenhum local, nos anos de baixa produção as respostas a P foram significativas. Quanto ao K, produções máximas na primeira colheita corresponderam a uma dose de 72,0 g de K2O/cova; a uma dose de 113,0 e de 118,0 g de K2O/cova respectivamente na ausência e presença de matéria orgânica, na 3ª colheita e a 191,0 g de K2O/cova na 5ª.colheita. O nível crítico de P no solo, correspondente a uma produção relativa de 90% da produção máxima foi de 0,089 e.mg/100 cm3 de solo (9.2 ppm), nos locais e anos em que as respostas foram significativas. O nível crítico de K no solo foi de 0,287 e. mg/100 cm3 de solo (112 ppm) nos anos de alta produção e de 0,15 e.mg/100 cm3 de solo (60 ppm) nos anos de baixa produção, nos locais em que as respostas a este nutriente foram significativas.