Avaliação do ciclo de vida de produtos têxteis: implicações da alocação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Arduin, Rachel Horta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PET
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-07032014-130543/
Resumo: Os estudos de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) aplicados ao setor têxtil tiveram inicio na década de 1990, sendo realizados principalmente nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, os estudos de ACV aplicados a produtos têxteis utilizando dados nacionais iniciaram nos últimos dois anos. As normas ISO 14040 e 14044 fornecem a estrutura indispensável para a ACV, no entanto, ainda que balizadas por recomendações, certas escolhas metodológicas são realizadas pelo executor do estudo. Na maioria dos ciclos de vida do produto, há pelo menos um processo que tem mais de um produto como saída, e para o qual não é possível coletar dados em separado, sendo necessário aplicar um procedimento de alocação. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência da aplicação de diferentes procedimentos de alocação no resultado final de um estudo de ACV aplicado à produção de fibras têxteis, através da análise de estudos publicados e da realização de estudo de caso. A revisão dos estudos publicados na literatura baseou-se no método de revisão bibliográfica sistemática. Dentre as publicações que apresentaram o procedimento de alocação selecionado, o que representa apenas 34% dos estudos, a alocação econômica foi realizada em sete estudos, seguido da alocação baseada em critérios físicos (massa) em cinco estudos. No estudo de caso realizado para a produção de 1 tonelada de fibra de algodão no Brasil, a alocação de todo o impacto para a fibra de algodão resultou em 4120kg/CO2 equivalente, enquanto alocando por massa e critério econômico, respectivamente, obteve-se 1627kg/CO2 equivalente e 3419kg/CO2 equivalente. Para a fibra de politereftalato de etileno (PET), observou-se que o método de alocação selecionado altera a fronteira do estudo, que por sua vez impacta no resultado final. Os resultados encontrados no presente estudo reforçam a necessidade de reportar explicitamente as escolhas metodológicas e realizar análise de sensibilidade.