Purificação parcial de elicitores presentes em Saccharomyces cerevisiae: atividade como indutores de resistência em pepino (Cucumis sativus) contra Colletotrichum Iagenarium e da síntese de gliceolinas em soja (Glycine max).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Labanca, Elaine Regina Godoy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-03092002-170446/
Resumo: A indução de resistência em plantas contra fitopatógenos é um método alternativo de controle de doenças, o qual envolve a ativação de mecanismos de resistência latentes da planta. Hoje no mercado existem poucos produtos que atuam segundo este princípio. Na busca de novas moléculas que possam ser utilizadas em campo, diversos compostos de origem microbiana, com capacidade de estimular uma ou mais respostas de defesa, já foram isolados e caracterizados. A Saccharomyces cerevisiae é uma levedura capaz de induzir resistência e elicitar respostas de defesa em algumas plantas. Com o objetivo de extrair da levedura um ou mais compostos capazes de induzir o acúmulo de fitoalexinas em cotilédones de soja e na proteção dessa leguminosa contra Microsphaera diffusa (agente causal do oídio da soja) e de pepino contra Colletotrichum lagenarium (agente causal da antracnose do pepino), células em suspensão foram autoclavadas. Os compostos assim extraídos foram inicialmente separados através de precipitação etanólica. Em seguida, foram realizadas cromatografias de troca iônica e de afinidade para separar as frações com maior poder elicitor das de baixo poder elicitor. A fração não adsorvida à resina DEAE-Celulose foi a que induziu maior acúmulo de fitoalexinas. No entanto, nenhum dos preparados testados foi capaz de conferir proteção a plantas de soja contra M. diffusa. Já no caso de pepino, plântulas tratadas com as frações resultantes da cromatografia de afinidade apresentaram reduções entre 50 e 70 % de área lesionada causada por C. lagenarium e aumento na atividade de peroxidases. Extratos incorporados à meio de cultivo não apresentaram efeito inibitório sobre o crescimento e esporulação de C. lagenarium. Com base nesses resultados, concluímos que existe na parede da levedura compostos capazes de induzir resistência local em pepino contra C. lagenarium, sendo que pelo menos um destes compostos é um carboidrato, contendo provavelmente manana e glucosamina.