Comportamento e comunicação acústica em cobaias e em preás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Monticelli, Patrícia Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-24052006-134117/
Resumo: Este é um estudo comparativo do comportamento e da comunicação acústica de cobaias – Cavia porcellus - e de preás – C. aperea - duas espécies muito próximas, uma com uma história recente de domesticação (há 6.000 anos nos Andes) e a outra selvagem. Inclui três etapas: (1) a elaboração de um etograma e a comparação entre cobaias e preás quanto à freqüência e duração dos comportamentos exibidos em contextos sociais particulares (encontros entre fêmeas, entre machos e entre macho e fêmea); (2) a categorização e análise sonográfica comparativa da estrutura dos sinais sonoros; e (3) a comparação entre espécies quanto ao uso dos chamados através de um estudo do comportamento do emissor e de um receptor, no momento anterior e subseqüente à emissão. Encontramos diferenças entre as espécies nas três etapas. (1) Cobaias exibiram mais comportamentos de contatos e sexuais; preás exibiram mais comportamentos de exploração. (2) Das emissões registradas, uma não foi exibida por cobaias. Analisamos 4 delas estatisticamente e todas revelaram diferenças estruturais entre espécies. (3) Houve diferença no uso do sinal de alerta e no nível de resposta eliciado por alguns sinais. Os resultados são discutidos principalmente como efeitos da domesticação. A seleção de animais maiores pode ter alterado a morfologia do trato vocal das cobaias, produzindo as mudanças na estrutura dos chamados. Ainda, com o relaxamento de seleção natural, por conta da proteção oferecida pelo cativeiro, características menos favoráveis podem ter sido mantidas e ganhado proporção na população. Como resultado, a espécie domesticada produz e reage menos aos sinais de alerta, gasta menos tempo com comportamentos de atenção ao meio e ganha tempo para os comportamentos socais e reprodutivos.