A Flecha e a Farda: Legibilidade, violência e sobrevivência em \'Arara\'

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ramos, Miguel Antunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-26082021-124257/
Resumo: Em 2012, durante as investigações da Comissão Nacional da Verdade foi encontrado no Museu do Índio um DVD com a recente digitalização de um conjunto de rolos de película filmados em 1970 e intitulados \'Arara\'. Se tratava da cerimônia de formatura da primeira e única turma da Guarda Rural Indígena (Grin), em fevereiro de 1970, em um batalhão policial em Belo Horizonte. Nossa pesquisa se debruça sobre essas imagens, buscando, primeiro, refletir sobre esse reaparecimento (reemergência, sobrevivência), depois, sobre o que foi a Grin, suas contradições e campos de força. Posteriormente, nos dedicamos a compreender o autor das imagens, o fotógrafo Jesco Von Puttkamer, para então nos dedicarmos em um longo mergulho de análise propriamente dita das imagens. Fazemos uma análise plano a plano dos 26 minutos de película, buscando ler sob o acetato envelhecido a violência e o recalque dos militares, a forma como Jesco registrou e estetizou o acontecido, e a forma como os indígenas encenaram, lidaram e resistiram a performar em si a imagem do outro que os militares queriam ver desfilada.