Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Verônica Aline Matos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-24052024-162209/
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Resumo: |
A pesquisa que se apresenta teve como foco compreender a experiência de mulheres negras que procuraram a Casa Angela- Centro de Parto Humanizado, localizada na cidade de São Paulo distrito Jardim São Luís, para o acompanhamento obstétrico e, então, identificar se a vivência teria sido marcada pela presença de racismo institucional, algo que oportunizaria a reflexão sobre qual humanidade se refere a proposta de humanização do parto e nascimento. Assim, foram ouvidas duas mulheres negras e duas profissionais, uma obstetriz e uma doula, com o intuito de entender de que forma a experiência destas últimas dialogava com a das primeiras. Na metodologia foram utilizados dados quantitativos como forma de (re)conhecer o território do Jardim São Luís e qualitativos, através da opção pela escrevivência narrativa de Conceição Evaristo (2020) e pela entrevista semiestruturada. Como resultados houve a percepção de performances de racismo institucional, provocadoras de dores emocionais, ou seja, houve impactos negativos na saúde das mulheres negras participantes e também produção de epistemicídio, traçando o entendimento de que o conceito de humanização do parto e nascimento foi pautada no padrão de humanidade branca. Sem o condão de romantizar um cenário de violências, foi possível aventar pelos relatos, todavia, que mulheres negras, através de gestos como a motivação de participar desta pesquisa ou a não adesão à proposta institucional, acabaram por dar elementos sobre outra importante performance racista: a ocultação da participação de mulheres negras na construção da própria Casa Angela. |