Síntese de oxamacrolida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Matheus Willian de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59138/tde-18102019-135721/
Resumo: Compostos macrocíclicos são de grande interesse devido a sua ampla gama de aplicações que vão de perfumaria a fitotoxicidade, de ferormônios a inseticidas, além de outras atividades biológicas como antibióticas, citotóxica e antiangiogênese. Com isso, novas metodologias sintéticas são sempre desejáveis, visando, sobretudo, maneiras eficientes de superar a barreira entrópica imposta pela ciclização de longas cadeias alifáticas. Em trabalho anterior, ao estudar a reação de abertura de epóxidos do cetal da isopulegona, o nosso grupo de pesquisa vereficou a formação, não prevista, de uma oxamacrolactona de 12 membros inédita, juntamente com o produto principal previsto, um aldeído. Essa descoberta foi retomada nessa dissertação, a fim de realizar um estudo sistemático de condições reacionais que pudessem favorecer a formação do macrociclo. A rota sintética proposta inicia-se pela oxidação do produto natural isopulegol, obtendo-se a isopulegona. Em seguida, realiza-se a proteção do grupo cetona utilizando etileno glicol. A epoxidação do produto formado é o próximo passo, o que leva à formação dos dois diasteroisômeros do composto (6S, 9R)-9-metil-6-(2-metiloxiran- 2-il)-1,4-dioxaespiro[4.5]decano; que, na presença de um ácido de Lewis, passa por um rearranjo, originando os isômeros do macrociclo (R)-4,8-dimetil-1,10-dioxaciclododec-7-en-2- ona. Foram realizados estudos relacionados ao ácido de Lewis, efeito do solvente, da temperatura e da estrutura do catalisador. Dentre todas as condições testadas, a que apresentou melhor rendimento, formando maior proporção da oxamacrolida, foi com BF3, em THF, na presença de etanol ou metanol a -6°C. Os resultados obtidos e, juntamente com cálculos teóricos, sugerem a formação de um complexo entre um dos oxigênios do grupo cetal, o ácido de Lewis e o oxigênio do epóxido para que ocorra o rearranjo