A influência dos padrões para sistemas de gestão no desempenho das empresas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Giovannini, Fabrizio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-12122008-111615/
Resumo: As empresas precisam de sistemas de regras, formais ou não, para serem administradas. Os sistemas de regras para a administração são aqui chamados de sistemas de gestão. Entre as funções do administrador está, portanto, a construção de sistemas de gestão que atendam às necessidades dos stakeholders da empresa e que assegurem a sobrevivência e a prosperidade da mesma. O problema pode ser dividido em duas partes: que tipo de sistema é o melhor para a organização e qual a melhor forma de implantá-lo. No corpo do conhecimento da administração há inumeráveis soluções propostas para esses problemas, embasadas em diferentes abordagens e teorias, e dirigidas a diferentes tipos de empresas e contextos. Entre os esforços para a busca de soluções cada vez melhores ganhou ímpeto, nos últimos 15 anos, um movimento de criação de Padrões para Sistemas de Gestão (PSGs). O padrão que se tornou mais conhecido é a norma ISO 9.000, voltado à criação de sistemas de gestão da qualidade. Depois desse padrão pioneiro, outros foram e estão sendo criados com o objetivo de abranger a maioria das áreas dos sistemas de gestão: meio ambiente, saúde e segurança do trabalho, responsabilidade social, governança, demonstrações financeiras e contabilidade, entre outros. Apesar de um número crescente de organizações estar optando por usar estes padrões para criar seus sistemas de gestão, há dúvidas e controvérsias sobre sua eficiência e eficácia. Esta tese investiga a influência dos PSGs sobre o desempenho das empresas. Através de uma pesquisa quantitativa compara o desempenho, ao longo de 4 anos, de empresas com diferentes níveis de adoção de PSGs. A pesquisa foi feita com todas as indústrias de autopeças brasileiras permitindo, dessa forma, certo controle das variáveis intervenientes. A qualidade dos dados contou com a inestimável colaboração da empresa de informações comerciais Serasa S.A. que forneceu os dados de desempenho financeiro e de outras variáveis intervenientes. Utilizando-se técnicas estatísticas uni e multivariadas, entre elas a Modelagem de Equações Estruturantes, rejeitou-se a hipótese nula de que não há influência dos PSGs sobre o desempenho das empresas. Esse resultado, em conjunto com outras evidências estatísticas, permite afirmar dentro dos limites do modelo conceitual da pesquisa que a adoção de PSGs influencia positivamente o desempenho das indústrias de autopeças brasileiras. Há também indícios de que empresas pequenas e médias se beneficiam mais da adoção de PSGs do que as grandes empresas. Portanto, Padrões para Sistemas de Gestão podem ser recomendados como uma ferramenta potencialmente eficaz, especialmente para empresas industriais.