Infância perdida: a concepção de \"menores anormais\" na obra de Pacheco e Silva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Serra, Lia Novaes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-31082011-122307/
Resumo: A pesquisa busca analisar a concepção de menores anormais na produção científica do psiquiatra paulista Antônio Carlos Pacheco e Silva, na década de 30, no estado de São Paulo. A maior parte do material analisado encontra-se no acervo do Museu Histórico Prof. Carlos da Silva Lacaz, da FMUSP. Privilegiou-se, como recorte crítico de leitura, os escritos do psiquiatra que direta ou indiretamente discutem a infância. Porta-voz decisivo dos ideais da ciência médica do período, Pacheco e Silva teve grande importância para a institucionalização da psiquiatria no estado de São Paulo, baseando-se nos preceitos da higiene mental e da eugenia. Pode-se afirmar que o discurso sobre a anormalidade infantil, proveniente de Pacheco e Silva, estava em consonância com a preocupação política estadual de higienização da população, o que pressupunha vigiar e restringir a circulação social das crianças que, por sua condição econômica e/ou racial, não condiziam com o modelo desejado pelos higienistas. A expressão menores anormais aplicava-se às crianças de camadas econômicas mais baixas que se achavam em condições de inferioridade intelectual, moral, afetiva ou sensorial. A Escola Pacheco e Silva no Hospital do Juquery tornou-se destino institucional para parte dessas crianças