Suprimento de boro e zinco para cultivares de trigo: em solução nutritiva e em dois tipos de solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Fabricio, Amoacy Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20191220-112350/
Resumo: O trigo é um cereal de grande importância na alimentação humana e no Brasil destaca-se como a principal cultura anual de inverno produzido nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A produtividade da cultura está intimamente relacionada com a nutrição adequada das plantas e os micronutrientes têm importância relevante, já que são menos estudados que os macronutrientes. Partindo-se da hipótese que a produção de massa seca e absorção de nutrientes pela planta podem variar em cada cultivar e em tipos de solos, entende-se que maior conhecimento sobre esses assuntos facilitariam a recomendação de cultivares e doses de nutrientes em função da exigência dessas e o tipo de solo. Assim, realizaram-se experimentos em casa de vegetação com dois tipos de solo (Latossolo Roxo distrófico e Latossolo Vermelho-Escuro distrófico) e em câmara de crescimento, utilizando-se quatorze cultivares de trigo, avaliando-se diferentes níveis de cada nutriente (B e Zn). Os experimentos com solo foram instalados em delineamento estatístico de blocos ao acaso com quatro repetições. Cada parcela constituiu-se de um vaso de plástico com 3 l de terra. Os cinco níveis de cada elemento foram: boro 0,0; 0,4; 0,8; 1,2 e 1,6 mg B/dm3 de terra na forma de H3 BO3 e zinco 0,0; 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 mg Zn/dm3 de terra na forma de ZnCl2. Usou-se a cultivar de trigo BR 18-Terena com seis plantas por vaso. Os experimentos em câmara de crescimento foram instalados em delineamento de blocos ao acaso com parcela subdividida com três repetições. As parcelas foram constituídas pelos quatro níveis dos nutrientes (boro: 0,00; 0,25; 0,50 e 1,25 mg B/l e zinco: 0,000; 0,025; 0,050 e 0,100 mg Zn/l) e as subparcelas pelas quatorze cultivares de trigo. A adição de boro e zinco proporcionou aumento dos teores desses elementos nos solos e nas plantas, sem, no entanto, influir significativamente no rendimento de grãos. No Latossolo Roxo distrófico a adição de 0,8 mg B/dm3 foi suficiente para obter rendimentos de massa seca de palha estatisticamente igual à dose máxima. Na câmara de crescimento as cultivares responderam de modo diferenciado à adição de boro e zinco. No experimento com boro, as cultivares BR 10-Formosa e BR 17-Caiuá foram mais eficientes que as demais na utilização do nutriente e, no experimento com zinco, as mais eficientes foram Anahuac e BR 18-Terena. Com relação à produção de massa seca da parte aérea e das raízes, as cultivares mais produtivas, no experimento com boro, foram IAC 18-Xavantes, BR 17-Caiuá, BR 20-Guató e BH 1146. No experimento com zinco, as mais produtivas foram BH 1146, IAC 18-Xavantes e BR 31-Miriti.