Aldo Rossi: razão e poesia. Tipo, sí­mbolo e tempo na arquitetura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Boaventura, Carolina Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-22112019-172250/
Resumo: É inegável a importância da obra de Aldo Rossi (1931-1997) para disciplina arquitetônica. Considerado como uma das mais importantes figuras do chamado pós-modernismo, a sua extensa produção, teórica e edificatória, é conhecida pela severa crítica ao funcionalismo do Movimento Moderno e pelo emprego da história e da perspectiva simbólica como questões centrais para a práxis projetual. Dentro do amplo panorama investigativo empreendido por Rossi, perquire-se a influência dos tratados e das obras da Ilustração e das linguagens adotadas pelas vanguardas metafísica e surrealista, em suas indagações sobre a forma e as suas temporalidades, narradas em seus livros L\'Architettura della città (1966) e no Autobiografia scientifica (1981). Neste primeiro, o arquiteto milanês buscou constituir uma teoria projetual transmissível, fundada em procedimentos didáticos e sistemáticos. Alicerçado por um discurso científico e racional, ele desenvolveu preceitos que adotam as formas dos fatti urbani como a referência máxima para a disciplina. Na Autobiografia, Rossi se aproxima de um discurso mais poético e metafórico. Nessa obra, ele discorre os procedimentos compositivos e as relações semânticas de suas próprias obras. Ele evidencia também o conceito de città analoga e a experiência pessoal como dispositivos fundamentais para a ideação edificatória. Trabalha-se, portanto, com estas duas instâncias da obra de Rossi, a racional e a poética. Elas não são entendidas como aspectos conflitantes, mas como perspectivas complementares da sua trajetória intelectual e profissional. Espera-se com esse estudo, que está amparado por uma cuidadosa leitura de seus textos, apontar uma interpretação de sua obra, distante daquelas que a definem como nostálgica e hermética.