Caracterização dos anéis de crescimento e dendrocronologia de árvores de Grevillea robusta A.Cunn, Hovenia dulcis Thunb., Persea americana Mill., Tabebuia pentaphylla  Hemsl. e Terminalia catappa L. nos municípios de Piracicaba e Paulinia, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Chagas, Matheus Peres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-19052009-084555/
Resumo: Árvores de espécies exóticas foram plantadas em espaços urbanos e rurais, constituindo parte da paisagem e da cobertura vegetal das cidades brasileiras. As árvores de inúmeras dessas espécies apresentam fenologia característica e atividade cambial sazonal, formando anéis de crescimento anuais, que têm ampla aplicação na silvicultura, como indicadores ambientais e na detecção de espécies bioacumuladoras. No presente trabalho foram caracterizados os anéis de crescimento, a idade, a taxa de crescimento e o teor de Hg no lenho de Grevillea robusta, Hovenia dulcis, Persea americana, Tabebuia pentaphylla e Terminalia catappa, no município de Paulínia (com registro de contaminação por Hg) e de Piracicaba, SP. Do tronco das árvores foram extraídas amostras do lenho e (i) caracterizados e mensurados os anéis de crescimento, (ii) sincronizados, construídas as séries cronológicas com os programas COFECHA e ARSTAN, (iii) obtidas as funções de resposta dos anéis de crescimento em relação ao clima, com o programa RESPO; (iv) construídas as curvas variação da densidade do lenho, do crescimento do tronco e determinado o seu incremento médio anual. Através de análises químicas foi determinado o teor de Hg nas amostras do lenho e no solo. Houve diferenças significativas nas amostras de solo de Paulínia (pátio da empresa e outro distante de 350 m) e de Piracicaba, sendo de 21,5, 0,14 e <0,023 mg/kg, respectivamente. No lenho de G. robusta, H. dulcis, T. pentaphylla e T. catappa, do pátio da empresa em Paulínia, foram determinados 4,95, 1,98, 0,97 e 4,70 µg/g de Hg; no lenho das árvores de P. americana, distante 350 m, não foi detectada a presença do Hg. Os anéis de crescimento têm marcante anatomia, correlacionada com a delimitação dos anéis e valores de densidade. Os perfis radiais de densidade do lenho mostraram similaridades e diferenças entre as árvores e locais. Foram construídas séries padronizadas de anéis de crescimento de H. dulcis, P. americana, T. pentaphylla e de T. catappa, para os sítios A e B e A-B (agrupados), obtendo-se séries temporais de largura dos anéis de crescimento, representando um padrão comum de variabilidade. As correlações entre as séries cronológicas dos anéis de crescimento das árvores nos sítios A e B e a temperatura média e precipitação mensal, foram significativas e consideradas determinantes no crescimento do tronco. Com relação ao incremento médio anual do tronco detectaram-se comportamentos diferenciados das árvores das 4 espécies, em relação aos 2 sítios. Os resultados indicaram que a presença de Hg no solo e no lenho das árvores localizadas na área da empresa, parece não afetar o seu crescimento. Indicam, também, que as condições dos sítios e as inerentes as árvores das espécies devem estar influenciando o crescimento do tronco.