Efeito da alta intensidade de seleção no melhoramento de milho (Zea mays, L.)

• Ano de defesa: 1982
• Autor(a) principal: Môro, José Roberto
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: MELHORAMENTO GENÉTICO VEGETAL; MILHO; SELEÇÃO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20231122-092706/

A população de milho CMS 05 foi introduzida no Brasil em 1976, pelo Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo da EMBRAPA e demostrou, quando avaliada em ensaios de competição de variedades, ter um bom potencial de produção de grãos em nosso País. Em 1977 foram obtidas 800 progênies de irmãos germanos dessa população, as quais foram avaliadas em 1977/78 em Sete Lagoas (MG). Foram então selecionadas as treze progênies superiores, o que correspondeu à uma intensidade de seleção de 1,6%, bastante drástica em comparação à comumente utilizada nos programas de melhoramento de milho do Brasil. As treze progênies selecionadas foram recombinadas por duas gerações, dando origem à população selecionada denominada de ciclo 1. Uma amostra da população original (ciclo 0) e outra do ciclo 1 foram enviadas à Piracicaba (SP). De cada amostra, após o plantio, foram obtidas 100 progênies S1, sem seleção de plantas durante a autofecundação. Cada progênie S1 foi então cruzada com a população original e com uma outra população contrastante (CMS 12). Dessa forma, de cada ciclo, foram avaliadas três tipos de progênies: S1 de per se, S1 cruzadas com a população original e S1 cruzadas com a população contrastante. Os ensaios foram realizados em Sete Lagoas (MG) e em Jardinópolis (SP). Os resultados obtidos mostraram que, com a alta intensidade de seleção e o reduzido tamanho efetivo (Ne = 26) da população selecionada, foram conseguidos progressos consideráveis com a seleção, possibilitando a obtenção de melhores progênies autofecundadas tanto com relação ao seu comportamento de per se como com respeito à sua capacidade de combinação. Outra conclusão foi a de que, apesar da seleção intensa praticada, não houve redução da variabilidade genética, a qual, inclusive, aumentou na população selecionada, em relação ao material original.