Biologia e controle de Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera - Pyralidae), em trigo

• Ano de defesa: 1981
• Autor(a) principal: Nakayama, Kazuiyuki
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: BIOLOGIA ANIMAL; CONTROLE; LAGARTA-ELASMO; TRIGO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-232446/

Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848) (Lepidoptera - Pyralidae) é uma das pragas mais nociva a muitas culturas. Não obstante, são poucos os trabalhos relacionados com os aspectos básicos deste inseto. Este trabalho propõe-se a estudar a biologia e os hábitos de E. lignosellus, fornecendo subsidias à adoção de uma melhor estratégia de controle. As lagartas foram alimentadas com plântulas de trigo germinadas em vasos plásticos e os adultos foram alimentados com solução de sacarose a 20%, os insetos foram mantidos a 27 ± 5°C e 70 ± 10% de umidade relativa. Os estágios de desenvolvimento apresentaram as seguintes durações médias: 3 dias para incubação dos ovos; 10,74 dias para o período larval e pré-pupal; 5,2 dias para o período pupal; 2,0 dias para o período de pré-ovoposição; 8 dias para o período de ovoposição. O número médio de fêmeas/ovo foi de 54,36; A longevidade do adulto foi de 8,5 dias para os machos 6,35 dias para as fêmeas; o ciclo de vida total foi de 26,9 dias em me dia, Experimentos foram instalados em casa de vegetação a fim de avaliar os danos do inseto e controle. No experimento de dano, duas lagartas recém-eclodidas de E. lignosellus foram colocadas em plantas com 5 dias de germinadas, de milho, sorgo sacarina, trigo, arroz, soja e feijão. Os danos médios por lagarta foram: 2,57; 9,78; 7,06; 8,73; 2,73 e 2,40 plantas de milho, sorgo sacarina, trigo, arroz. soja e feijão, respectivamente. Nos experimentos de·controle, caixas contendo um metro linear de plantas de trigo foram utilizadas nos ensaios de controle com inseticidas (3 experimentos} e irrigação (1 experimento}, avaliando-se o efeito dos inseticidas e da irrigação através do número de plantas danificadas. Irrigações por aspersão com intervalos de 3 e 6 dias reduziram o número de plantas danificadas para 0% e 3,0%, e a viabilidade larval para 0,0 e 2,5%, respectivamente, quando comparada com a testemunha. Os inseticidas foram aplicados de diferentes formas: pulverizados no sulco de semeadura, tratamento de semente e inseticidas granulados no sulco. A infestação de E. lignosellus foi feita com 30 ovos e 10 lagartas por caixa. A% de germinação e o número de plantas danificadas foram avaliadas nos três experimentos com inseticidas. Os seguintes inseticidas, em gramas de ingrediente ativo por hectare, não reduziram a germinação das sementes de trigo, quando pulverizados nos sulcos: clorpirifos Etil EC (835 g, 1200 g, 1800 g e 2400 g); fonofos EC (1500 g); carbofuran F (875 g e 1400 g); sulfona de aldicarb PM(l500g); tiodicarb PM (1500 g); acefate PS (1600 g); ctoprop EC (1000 g e 1260 g) , e clorpirifos etil G (1800 g e 2100 g). Os inseticidas propoxur PM (2000g), clorpirifos etil EC (1800 g) acefate PS [1500 g), am gramas de ingrediente ativo por 120 kg de sementes de trigo, reduziram a germinação. Em tratamento de semente, os inseticidas que não afetaram a germinação foram: meta midofos EC, carbofuran F e sulfona de aldicarb PM, nas dosagens de 1500 g, 1000 g e 1500 g, respectivamente. Um bom controle foi obtido com os seguintes inseticidas, em gramas de ingrediente ativo por hectare, fonofos EC (1000 g), clorpirifos etil (1800 g), clorpirifos etil G (2100 g) e carbofuran F (1000 g).