O gênero ḫamriyyah em Abū-Nuwās: estudo de poética da tradução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Chareti, Alexandre Facuri
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8165/tde-11092024-115851/
Resumo: Esse estudo aborda a poesia de vinho (chamada ḫamriyyah) de Abū-Nuwās, poeta árabe que viveu e produziu seus enunciados no século VIII d.C./ II H. Sendo uma tese sobre a tradução poética, para a transposição dessa poesia, propôs-se destacar, nos 20 poemas selecionados, os elementos fundamentais, que seriam o léxico e os tópicos específicos que caracterizam o gênero ḫamriyyah e, também, as figuras poéticas que distinguem os poetas chamados muḥdaṯūn, os inovadores, dentre os quais se conta Abū-Nuwās. Seguindo estudos do século IX d.C./ III H. (IBN-ALMU‘TAZZ; 1925) e de nosso tempo (HUSSEIN, 2014; ḤAWĪ, 1960; BENCHEIKH, 1964; 1997; GIL-BARDAJÍ, 2009), foram identificados certos elementos referenciados nos poemas - como os nomes dos vinhos, as variedades antigas de copos e garrafas, os aromas, os brilhos e as cores com que se assemelham os tipos de vinho, além dos tópicos sobre os quais o poeta disserta ou dialoga com personagens convivas -, por serem considerados aqueles que configuram o gênero ḫamriyyah e que, por isso, devem ser ressaltados para a tradução. Buscou-se, ainda, com base no Kitāb albadī‘ (IBN-ALMU‘ TAZZ, 1967; 2012), o reconhecimento das figuras poéticas, isti‘ārah (metáfora), tajnīs (paronomásia), muṭābaqah (antítese), raddu al‘ajzi ‘ala aṣṣadri (ecos) e almaḏhab alkalāmī (método dialético), por serem distintivas do estilo dos poetas muḥdaṯūn. Foram observados os tipos e proporções desses usos específicos da cadeia sonora e de significados que compõem o sentido de cada um dos 20 poemas do corpus, para os quais foram transpostas novas sequências em português que, à maneira de um metatexto, reivindicam ser sua tradução.