Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fernandez, Marina de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-03042018-095232/
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Resumo: |
A variação batimétrica nos oceanos e suas mudanças ambientais associadas impõem limites à distribuição de espécies, modulando a ocorrência de indivíduos com diferentes formas, funções e histórias de vida de acordo com a profundidade, e sendo, portanto, importante para o entendimento de padrões da biodiversidade marinha. Este estudo objetiva inferir padrões de distribuição de hidroides no Oceano Atlântico e mares árticos e antárticos adjacentes a mais de 50 m de profundidade, buscando contribuir para o entendimento da diversificação e estruturação associadas à variação batimétrica que propiciaram a ocupação dos diferentes ambientes pelo grupo. Apresentamos pela primeira vez inferências das amplitudes de distribuição batimétrica das espécies, da variação de características funcionais de indivíduos e espécies com a profundidade e da distribuição da composição de espécies ao longo da profundidade e da latitude. Em conjunto, os resultados indicam que a distribuição de hidroides no Atlântico profundo está relacionada a fatores históricos e a gradientes ambientais associados às variações latitudinal e batimétrica. Os tamanhos reduzidos e a baixa fertilidade em mar profundo sugerem que a colonização e a evolução de hidroides ao longo da profundidade são principalmente influenciadas pela disponibilidade de alimento e pelas baixas densidades populacionais. Ainda, a maior proporção de espécies e indivíduos solitários em mar profundo e o maior uso de substratos não-consolidados sugerem influência da disponibilidade de substrato. A proporção de espécies capazes de liberar medusas abaixo de 50 m é geralmente menor que em águas rasas costeiras, mas a proporção aumenta com a profundidade, principalmente abaixo de 1.500 m. A liberação de medusas seria desvantajosa em um ambiente com baixas densidades populacionais, por aumentar a incerteza da fecundação dada pela dispersão de gametas, e despender mais energia para reprodução em um cenário de poucos recursos alimentares. Amplas distribuições batimétricas sugerem capacidade de dispersão vertical e alta tolerância às mudanças ambientais associadas à variação batimétrica. Os resultados indicam também que a colonização de hidroides em mar profundo ocorre em um sistema de fonte-sumidouro, no qual as populações de mar profundo seriam sustentadas por imigração de águas mais rasas. Mostramos neste estudo que hidroides são importantes habitantes do mar profundo e que o entendimento da diversidade do grupo neste ambiente se beneficiará de investigações em áreas ainda pouco amostradas, como latitudes tropicais sul e profundidades abaixo de 1.000 m |