O modelo de negócio do tipo DNVB: um estudo em startups de bens de consumo no Brasil

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Silva, Wellington José da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Bens de consumo; Consumer goods; DNVB; Empreendedorismo; Entrepreneurship; Innovation; Inovação; Startups
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12142/tde-13092024-113013/

Objetivo: Esta dissertação teve como objetivo analisar os elementos que potencializam a evolução das startups do tipo DNVB (ou Digitally Native Vertical Brand) no Brasil. Este modelo de negócios é uma tendência global que chegou ao Brasil em meados de 2010 e é relacionado a inovações na indústria de bens de consumo por meio do modelo de idealização dos produtos, venda e distribuição diretamente a clientes finais. Estas novas empresas são startups nascidas em um ambiente digital, com intenso uso de dados e que exploram redes sociais e aplicativos na atração de novos clientes. O objetivo da pesquisa foi compreender melhor (1) o modelo de negócio dessas empresas, (2) os desafios enfrentados pelos empreendedores durante o desenvolvimento inicial de seus produtos e (3) como boas práticas de experiência do cliente foram adotadas por estas empresas. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura utilizando-se a notação PRISMA 2020 (PAGE MJ et al., 2021) com foco em observar detalhes sobre os componentes do modelo de negócio DNVB. A segunda e a terceira etapas da pesquisa adotaram entrevistas qualitativas. Adotou-se o COREQ (consolidated criteria for reporting qualitative research) como referencial metodológico (TONG et al., 2007) para o terceiro artigo. Resultados: Foram identificados 62 estudos em uma revisão sistemática da literatura que permitiram entender como o modelo de negócio DNVB é potencializado por um foco nas necessidades dos consumidores e com a tecnologia tendo papel decisivo. Em seguida, a pesquisa exploratória com cinco startups DNVBs brasileiras revelou que parte delas adotou práticas alinhadas com o Lean Product Development (LPD) durante etapas de desenvolvimento de seus primeiros produtos. Embora estas práticas sejam comumente associadas a grandes corporações, demonstrou-se que podem ser aplicáveis e benéficas para startups DNVBs. E, ao final, uma pesquisa com sete executivos de DNVBs dos segmentos de bens de consumo de giro rápido demonstrou que as práticas de experiência dos clientes ainda são incipientes nestes negócios, mas que pesquisas de satisfação e proximidade aos times de serviço de atendimento ao cliente (SAC) têm contribuído para o entendimento das necessidades mais relevantes dos clientes e gerar melhorias.