Exportação concluída — 

Narrativas infantis: estudo da agência da criança no contexto de uma creche universitária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Melo, Ceciana Fonseca Veloso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29112010-141231/
Resumo: Esta dissertação de mestrado tem por objeto de estudo as narrativas de crianças de 4 anos, de um agrupamento de creche universitária, com Projeto Político Pedagógico que se aproxima de propostas da chamada pedagogia da participação: reconhecendo na ação comunitária (que inclui a agência da criança) a força do processo educativo. Segundo as perspectivas de John Dewey, um dos pioneiros da educação nova ou progressiva, a Filosofia da Experiência é capaz de orientar as práticas pedagógicas não transmissivas, revisando e ressignificando os saberes constituídos. Desde Rousseau, no século XVIII, até os dias atuais, buscam-se novos caminhos para a educação de crianças, reconhecendo sua especificidade e seus direitos à participação em questões que lhes afetam. Para atingir os objetivos de uma educação de qualidade para a primeira infância, deve-se romper com as históricas tendências escolarizantes das propostas pedagógicas e considerar a cultura infantil em sua diversidade, tendo nas brincadeiras simbólicas seu eixo norteador. As teorizações do psicólogo contemporâneo Jerome Bruner, sobre a competência linguísticas das crianças e a capacidade de perceber e construir significados culturais fazem das narrativas infantis uma ferramenta para a pedagogia da participação. Adotou-se a investigação empírica para o registro de narrativas de crianças em instituição de educação infantil, que são analisadas e interpretadas a partir de três categorias: sequencialidade, experiências vividas e afastamentos do canônico. Desde cedo as crianças já possuem conhecimentos expressos por suas narrativas que podem orientar as práticas pedagógicas não apenas com o intuito de escutar as vozes das crianças, mas de entender, estimular e compartilhar conhecimentos, numa troca entre cultura de pares (criada pelas relações entre crianças) e cultura adulta (amparada pela criança), formando uma verdadeira comunidade aprendente.