Fatores sociodemográficos, clínicos e a prevenção secundária do acidente vascular cerebral: análise transversal na linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Abreu, Fernanda Gabriela de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-14112019-153710/
Resumo: Introdução: O acidente vascular cerebral continua a ser uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, embora as taxas tenham diminuído nos últimos anos. Métodos: Análise transversal dos fatores de risco sociodemográficos e clínicos assim como o uso de medicação para prevenção secundária de novos eventos em participantes que auto relataram acidente vascular cerebral na linha de base do Estudo Longitudinal Brasileiro de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), coorte multicêntrica (seis centros - Salvador, Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre). A associação entre AVC e uso de medicação foi testada usando modelos de regressão logística, após ajustes multivariados para idade, sexo, escolaridade, renda média familiar e plano de saúde privado. Resultados: No geral, 197 (1,3%) participantes relataram AVC prévio. Participantes com acidente vascular cerebral eram mais velhos, com menor grau de escolaridade e renda familiar média em comparação com participantes que não relataram AVC. O principal fator de risco associado ao acidente vascular cerebral foi a hipertensão arterial (Razão de Chances 2.38; 95% Intervalo de Confiança, 1.70-3.32). A análise do uso de medicação de acordo com o sexo mostrou maior frequência de uso por homens em comparação com as mulheres (respectivamente, 59,6 versus 40,4% P = 0,02 para a aspirina; 71,4 vs. 28,6 P = 0,04 para outros agentes antiplaquetários; e 50,7 vs. 49,3 % P = 0,003 para qualquer medicação anti-hipertensiva). Ter um plano de saúde privado foi associado a maior uso de bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA) (respectivamente, 86,4 vs. 13,6% P = 0,007) em participantes com AVC em comparação com os outros, e uma tendência para o uso de outros medicamentos antiplaquetários do que aspirina (respectivamente, 92,9% contra 7,1% P = 0,053). O uso de medicação caiu à medida que aumentou o intervalo de tempo desde o evento, e 23,7% dos participantes com AVC não referiram uso de nenhuma medicação. Conclusão: Sexo e ter um plano de saúde privado foram fatores importantes na prevenção secundária de novos eventos em indivíduos com história prévia de acidente vascular cerebral