Micropartículas de carboximetilcelulose/quitosana para liberação de vitamina E na pele: caracterização, avaliação da estabilidade e estudos de permeação e retenção cutânea in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Alencastre, Juliana Bucchi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60131/tde-09092024-150828/
Resumo: Micropartículas de CMC/quitosana contendo vitamina E foram caracterizadas com relação ao tamanho, à morfologia, à eficiência de encapsulação, à estabilidade física e química, ao comportamento de liberação e de penetração in vitro em pele de camundongo sem pêlo. A estabilidade de duas emulsões (A/O e O/A) foi avaliada para verificar se estas eram adequadas para a veiculação das micropartículas de vitamina E. As análises de microscopia eletrônica de varredura e tamanho de partículas demonstraram que as micropartículas são esféricas, possuem uma superfície homogênea e ausência de agregados, com diâmetros na faixa de 2,73 a 7,65 µm. A eficiência de encapsulação de vitamina E foi avaliada por método indireto com um valor correspondente a 81%. A estabilidade física obtida pela análise visual das emulsões O/A e A/O demonstrou que estas não apresentaram coalescência no decorrer de dois meses a diferentes temperaturas (5, 25 e 45°C), sugerindo que estas emulsões parecem ser apropriadas para a veiculação das micropartículas contendo vitamina E. Os estudos de estabilidade química mostraram que a concentração inicial de vitamina E manteve-se praticamente constante por 60 dias nas amostras armazenadas a 5 e 25°C. Entretanto, a concentração de vitamina E diminuiu no decorrer dos 60 dias nas amostras armazenadas a 45ºC, provavelmente devido à sua degradação química. A microencapsulação parece ter protegido a vitamina E, uma vez que diferenças significativas nas quantidades de vitamina E remanescentes nas emulsões O/A e A/O foram observadas comparando-se a forma livre com a encapsulada (8 e 11%, respectivamente). Os estudos de liberação in vitro da vitamina E a partir das micropartículas em condições de sink mostraram um comportamento de liberação sustentada, seguindo uma cinética de pseudo ordem zero. O mecanismo de liberação in vitro foi controlado por difusão. Os dados relativos aos estudos de penetração in vitro mostraram uma maior penetração da vitamina E a partir das emulsões A/O (forma livre e encapsulada), provavelmente devido a melhor atividade termodinâmica neste veículo. Concluindo, as micropartículas estudadas podem penetrar na pele pela via transfolicular ou permanecer na superfície, liberando seu conteúdo. Assim, estes sistemas parecem ser promissores para a administração tópica.