Disseminação primária e influência de fontes de inóculo sobre o progresso temporal do Huanglongbing em pomares com manejo da doença e seu vetor (Diaphorina citri)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Arruda, Josicléa Hüffner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-22032018-135731/
Resumo: O Brasil é o maior produtor e exportador de suco de laranja do mundo e a produção é concentrada em pomares no Estado de São Paulo. Embora a cultura tenha se adaptado bem ao clima tropical predominante no país, essa cultura sofre perdas na produção ocasionadas por doenças, principalmente pelo Huanglongbing dos citros (HLB). O HLB dos citros é associado aos procariotos \'Candidatus Liberibacter africanus\', \'Candidatus Liberibacter asiaticus\' e \'Candidatus Liberibacter americanus\' restritos aos vasos do floema. No Brasil há predominância da bactéria \'Ca. Liberibacter asiaticus\' que é disseminada pelo inseto psilídeo vetor Diaphorina citri Kuwayama (Hemiptera: Liviidae). Não há controle curativo viável para essa doença, com isso o manejo é realizado de maneira preventiva com a utilização de mudas sadias, roguing de plantas sintomáticas e controle químico do vetor. O HLB é considerado uma doença policíclica, contudo, em pomares com manejo intensivo da doença e do vetor acredita-se que as disseminações secundárias praticamente não ocorrem, ou não são predominantes, e a epidemia seria governada pelas disseminações primárias contínuas como sugerido por Bergamin Filho et al. (2016). Com isso, esse estudo teve por objetivo demonstrar por meio de análises epidemiológicas o progresso temporal do HLB em quatro propriedades comerciais de citros as quais realizam o manejo da doença e do vetor. Além disso, outro objetivo foi demonstrar, com ajustes do modelo monomolecular, a importância da disseminação primária nessas propriedades. E ainda, verificar a influência de áreas vizinhas, comerciais e não comerciais, na distribuição espacial da doença e do vetor e assim estabelecer hipóteses acerca da localização das fontes de inóculo primário para as epidemias estudadas. O modelo monomolecular foi ajustado adequadamente aos dados de plantas erradicadas das propriedades A, B, C e D, com ajustes significativos (p<0,05) em 88,3%, 81,6%, 64,5% e 69,8% das tentativas (combinações de anos e talhões). A taxa média de progresso da doença pelo modelo monomolecular (rM) foi de 7,9; 6,9; 7,2 e 4,5 para as propriedades A, B, C e D, respectivamente. Contudo, de modo geral, as taxas (rM) não apresentaram-se correlacionadas com as incidências acumuladas da doença. Lotes de perímetro apresentaram incidências de HLB mais elevadas, assim como maior número de psilídeos, em relação aos lotes internos das propriedades, indicando maior influência de fontes de inóculo externas. Plantas não comerciais de citros sem o manejo da doença e do vetor foram as fontes de inóculo primário responsáveis pelas epidemias de HLB observadas nessas quatro propriedades.